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Ibovespa recua com temores sobre crescimento global

30 jun 2022, 11:48 - atualizado em 30 jun 2022, 11:48
Ibovespa
Às 11:30, o Ibovespa caía 1,68 %, a 97.949,58 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa recuava mais de 1% nesta quinta-feira, fechamento de mês e de semestre, contaminado pelo viés negativo nos mercados no exterior, onde predominavam preocupações com a desaceleração da atividade econômica global.

Na contramão da bolsa paulista, Fleury disparava quase 15% após a empresa de diagnósticos médicos acertar a aquisição do Instituto Hermes Pardini.

Às 11:30, o Ibovespa caía 1,68 %, a 97.949,58 pontos. No pior momento, chegou a 97.876,77 pontos. O volume financeiro somava 7 bilhões de reais.

Com tal desempenho, o Ibovespa acumula um declínio de 12,06% no mês – que será a pior performance mensal desde março de 2020, quando desabou 29,9%, duramente afetado pelo alastramento da pandemia pelo Brasil. No semestre, a queda é de 6,58%.

Em Wall Street, o S&P 500 caía 1,9%, com receios de que os bancos centrais determinados a domar a inflação possam dificultar o crescimento econômico mundial.

Dados divulgados mais cedo nos Estados Unidos corroboravam as preocupações, mostrando que os gastos dos consumidores em maio desaceleraram acima do previsto por economistas, enquanto a inflação manteve a tendência de alta.

A equipe da Guide Investimentos também chamou a atenção para os discursos de presidentes de BCs na véspera, sobre as dificuldades em combater uma inflação mais persistente, passando mensagens mais duras sobre a condução da política monetária.

“Tais afirmações acentuaram as preocupações de investidores com relação a uma forte desaceleração da economia mundial, e até, possivelmente, uma recessão, o que voltou pesar sobre os mercados”, observaram em nota a clientes.

O diretor global de investimentos de renda fixa da PIMCO, Andrew Balls, disse nesta quinta-feira que é mais provável haver recessão nos Estados Unidos nos próximos 12 meses do que um cenário sem recessão.

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Destaques

Fleury (FLRY3) saltava 14,3%, após acertar compra do Hermes Pardini, na qual o acionista do Pardini receberá por ação ON que detém da empresa cerca de 1,21 ação ON da Fleury mais aproximadamente 2,15 reais. Hermes Pardini (PARD3) que não está no Ibovespa, disparava 20,5%.

Vale (VALE3) perdia 2,3%, em sessão negativa para o os futuros do minério de ferro em Dalian e Cingapura, com CSN MINERAÇÃO ON caindo 5,3%. No setor de siderurgia, CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4), recuavam 5,2%, 3,6% e 4,2%, respectivamente.

Petrobras (PETR4) caía 1,2%, na esteira do declínio dos preços do petróleo no mercado externo.

Bradesco (BBDC4) recuava 1,9% e Itaú Unibanco (ITUB4) caía 1,4%, contaminados pela aversão a risco generalizada no pregão. O índice do setor financeiro, que inclui ainda papéis como o da B3 e  Cielo (CIEL3), apurava baixa de 1,4%.

Suzano (SUSB3) subia 2,1%, em sessão de alta no setor de papel e celulose, com Klabin (KLBN11) avançando 1,3%. A Suzano anunciou planos de construir fábrica de 600 milhões de reais no Espírito Santo e a aquisição da Caravelas Florestal por 336 milhões de reais.

Azul (AZUL4) perdia 5%, seguida pela concorrente Gol (GOLL4), em baixa de 5,2%, sofrendo com o movimento mais vendedor na bolsa, além da alta de cerca de 1% do dólar em relação ao real nesta sessão .