Ibovespa recua com realização de lucros e NY, mas a caminho de melhor novembro desde 1999
O Ibovespa (IBOV) recuava no começo da tarde desta segunda-feira, trabalhando abaixo de 110 mil pontos em meio à fraqueza em Wall Street e realização de lucros, mas ainda caminhando para fechar novembro com a melhor performance para o mês desde 1999.
Às 12:22, o Ibovespa caía 0,69%, a 109.811,55 pontos, acumulando alta de 16,88% em novembro. O volume financeiro era de 10,9 bilhões de reais.
Na visão do estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, movimentos de acomodação em ativos de risco são plenamente normais e esperados mesmo em momentos de otimismo do mercado, segundo comentários a clientes.
“Seguimos vivendo uma dicotomia entre um curto-prazo de notícias ainda desafiadoras em relação à pandemia, porém com perspectivas mais esperançosas em torno da vacina”, afirmou.
Em Wall Street, o S&P 500 caía, com investidores dando uma pausa atentos a indicadores econômicos cruciais norte-americanos nesta semana.
Destaques
B2W (BTOW3) recuava 3,41% e Via Varejo (VVAR3) caía 3,19%, tendo de pano de fundo dados de vendas da Black Friday, em que mesmo o crescimento forte do ecommerce aparentemente ficou aquém do que esperavam agentes financeiros.
Magazine Luiza (MGLU3) cedia 1,9%, enquanto Mercado Livre perdia 0,49% em Nova York, onde negocia.
Vale (VALE3) perdia 1,42%, após renovar recorde intradia mais cedo nesta sessão, a 79,36 reais, com o setor de mineração e siderurgia mostrando desempenho misto.
CSN (CSNA3) recuava 1,58% e Gerdau (GGBR4) cedia 0,79%, mas Usiminas (USIM5) avançava 0,22%.
Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) valorizavam-se 0,9% e 1,04%, respectivamente, apesar da queda do petróleo, tendo de pano de fundo evento da petrolífera com investidores nesta segunda-feira, no qual o presidente-executivo afirmou que a meta da empresa é maximizar valor, entre outras informações.
Itaú Unibanco (ITUB4) mostrava decréscimo de 0,07%, com agentes financeiros ainda repercutindo proposta de reorganização societária do investimento detido pelo banco na XP Inc (XP), que prevê a criação de uma nova companhia.
Em Nova York, a XP, que afirmou que estuda possível fusão com a nova empresa, cedia 2,36%. A Itaúsa comunicou nesta segunda-feira que considera positivas as propostas da XP sobre o negócios e que se houver de fato uma oferta, ela será avaliada por acionistas da nova sociedade.
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) avançavam 5,45% e 4,53%, respectivamente, mantendo a forte recuperação registrada em novembro diante do noticiário mais promissor sobre uma vacina contra o Covid-19, embora o número de casos siga elevado, incluindo no Brasil.
O BTG Pactual (BPAC11) revisou números do setor, elevando a recomendação de Azul para ‘compra’ e o preço-alvo de 26 para 47 reais, enquanto reiterou ‘compra’ para a Gol, com o preço-alvo passando de 27 para 31 reais.