Mercados

Ibovespa reage e fecha no azul com melhora em NY e recuperação de Vale

06 out 2021, 17:11 - atualizado em 06 out 2021, 18:09
Vale
O volume financeiro no pregão somou 35,65 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

O Ibovespa (IBOV) fechou com um acréscimo discreto nesta quarta-feira, distante das mínimas da sessão, apoiado principalmente na reação de Wall Street e na recuperação das ações da Vale (VALE3), embora permaneça o desconforto com o cenário externo mais desafiador e persistentes riscos locais.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,09%, 110.559,57 pontos, após chegar a 108.179,76 pontos no pior momento do dia (-2,06%). O volume financeiro no pregão somou 35,65 bilhões de reais.

De acordo com o gestor da Galapagos Capital Ubirajara Silva, o mercado teve uma sessão bem volátil, pressionado na primeira etapa por preocupações com a inflação no exterior e queda de mais de 1% do S&P 500, mas revertendo o movimento com a melhora em NY após notícias sobre as discussões do teto fiscal nos EUA.

Em Nova York, o S&P 500 fechou em alta de 0,41%, com agentes financeiros animando-se sobre um acordo entre democratas e republicanos no Congresso para evitar um calote da dívida do governo norte-americano.

Silva também chamou a atenção para uma reportagem do Financial Times de que os EUA avaliam usar o estoque emergencial de petróleo do país para resfriar os preços da gasolina, que atingiram altas de sete anos com a maior demanda à medida que a pandemia do coronavírus diminui.

A notícia combinada com a divulgação de aumento dos estoques de petróleo no EUA ajudaram a derrubar as cotações da commodity, com o Brent fechando em baixa de 1,79%. Um alívio nos preços tira um pouco a pressão inflacionária do petróleo e tende a ser positivo para o mercado de ações.

No Brasil, permanecem as apreensões com o cenário fiscal, bem como as preocupações com a inflação, a recuperação da economia e incertezas políticas, entre outros fatores. Agentes financeiros não têm enxergado gatilhos relevantes que possam alterar tal panorama no curto prazo.

Ainda assim, houve alívio na curva futura de juros do país, o que acabou beneficiando a bolsa paulista.

De acordo com análise técnica do Itaú BBA, porém, o Ibovespa segue pressionado e não pode perder os patamar dos 107.300 pontos. Se isso ocorrer, abrirá caminho para mais um impulso no movimento de queda. “O momento é de cautela e de posicionar stops”, afirmou no relatório a clientes.

Dados da B3, por sua vez, ainda mostram saldo externo positivo no segmento Bovespa nos primeiros dois pregões de outubro de 1,4 bilhão de reais, após as saídas superarem as entradas em 4,8 bilhões de reais em setembro. No ano, o saldo é positivo em 43,7 bilhões de reais.

Destaques

Vale (VALE3) fechou em alta de 2,82%, reagindo após duas quedas seguidas, depois de acumular desempenhos mensais negativos em julho, agosto e setembro.

O setor, porém, não acompanhou o movimento positivo na sessão, com destaque para Gerdau (GGBR4), que caiu 2%.

Usiminas (USIM5) cedeu 0,94%, tendo ainda de pano de fundo revisão para baixo nas projeções de produção pela indústria automotiva brasileira.

Rumo (RAIL3) subiu 7,24%, após a operadora de concessões divulgar guidance de volumes e investimentos relacionado ao terminal rodoferroviário de Rondonópolis a Cuiabá e para Lucas do Rio Verde.

Também na véspera o Senado aprovou o novo marco legal das ferrovias, que visa aumentar os investimentos privados no setor.

Magazine Luiza (MGLU3) avançou 5,70%, em sessão de forte recuperação do setor de e-commerce no Ibovespa, com Americanas (AMER3) saltando 7,31% e VIA (VIIA3) valorizando-se 3,44%. No ano, esses papéis ainda contabilizam perdas respectivas de 42%, 56,7% e 49,75%.

Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) recuaram 2,65% e 2,44%, respectivamente, na esteira da queda dos preços do petróleo no exterior.

Os papéis da petrolífera vinham de três altas seguidas, com as PNs acumulando no período alta de 8% e as ONs contabilizando elevação de 6% – no mesmo período o Ibovespa teve variação negativa de quase 0,5%.

Méliuz (CASH3) caiu 2,85%, após prévia operacional do terceiro trimestre que mostrou queda na abertura de contas por dia útil na comparação com os três meses anteriores.

No pior momento, as ações recuaram 7,66%.

Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) avançaram 0,32% e 0,76%, respectivamente, abandonando as perdas registradas mais cedo e acompanhando a melhora do mercado.

Banco Inter (BDID11), porém, não seguiu o setor e caiu 3,1%.

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