Ibovespa: Queda recente é exagerada, defende BofA; carteira tem mudanças com Petrobras (PETR4) e techs
A performance mais fraca nos últimos meses não afeta a perspectiva positiva que o Bank of America (BofA) tem para a Bolsa local.
O banco segue “overweight” (exposição maior que a média do mercado) em relação ao Brasil, apesar do tropeço nos últimos dois meses devido a um cenário concentrado em incertezas quanto às políticas fiscais domésticas (arcabouço fiscal, orçamento de 2024, potencial fim dos juros sobre capital próprio) e a uma desconexão entre as teses macro e micro.
“A atividade foi forte no segundo trimestre, levantada pela retomada nos investimentos, enquanto o setor corporativo está lutando para mostrar crescimento nos resultados” afirma a instituição.
O BofA acredita que o impulso real do ciclo de flexibilização de juros ainda está por vir. O banco vê mais espaço para maiores valuations nos níveis atuais de taxas. Além disso, os investidores devem voltar ao mercado de ações com a Selic alcançando os 10%.
“Saídas de fundos locais já diminuíram significativamente nos últimos três meses”, completa.
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Carteira
O BofA realizou algumas alterações em seu portfólio com exposição ao mercado brasileiro.
“Seguimos gostando da exposição a nomes e setores orientados pelas taxas de juros”, comenta.
Totvs (TOTS3) foi excluída da composição por falta de catalisadores. No lugar, o banco incluiu Locaweb (LWSA3), seguindo a temática de ativos orientados por juros e diante de expectativas de melhores tendências operacionais nos próximos trimestres.
O portfólio do BofA ainda ganhou maior exposição ao petróleo, tendo elevado Petrobras (PETR4) de “underweight” (exposição mais baixa que a média do mercado) para “marketweight” (exposição em linha com o mercado).
Em relação ao minério de ferro, a Vale (VALE3) segue com peso “neutro”. Analistas estão à espera de políticas de flexibilização mais significativas na China.