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Ibovespa: Queda nesta terça (27) preocupa? Para analistas, índice pode saltar 18% até o fim do ano

27 jun 2023, 14:48 - atualizado em 27 jun 2023, 14:48
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Ibovespa pode atingir os 140 mil pontos até o fim do ano, estima Guide Investimentos (Imagem: Facebook/B3)

A Guide Investimentos cortou o preço-alvo do Ibovespa para 2023, de 150 mil a 140 mil pontos. Em relatório publicado nesta semana, a corretora explica que o alvo anterior considerava uma queda da Selic a partir do segundo trimestre do ano, o que não se concretizou.

“Além disso, a queda das commodities (tanto minério de ferro quanto petróleo, as duas commodities mais relevantes para nossa Bolsa) foi mais acentuada do que esperávamos”, completa.

Mesmo com a redução do alvo, o potencial de alta previsto para o Ibovespa ainda é relevante, de 18,4% sobre o último fechamento. O patamar dos 140 mil pontos até o fim do ano também faz parte das estimativas do Santander para o índice.

O comunicado divulgado pelo Banco Central em sua última reunião de decisão de juros tem testado o mercado de renda variável. A falta de sinalizações de um corte da Selic em agosto estremeceu o ânimo dos investidores nas últimas sessões.

Nesta terça-feira (27), o Ibovespa volta a ficar pressionado. Dados do IPCA-15, considerado a prévia da inflação, vieram ligeiramente acima do esperado, fechando em 0,04% em junho, após a alta de 0,51% em maio.

Na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada hoje, o BC deu sinais de um possível início para o afrouxamento da Selic – mas só se a inflação continuar em um movimento de queda.

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Por que acreditar nos 140 mil pontos?

Na avaliação do time de análise da Guide, com o início do corte de juros se concretizando, a relação P/L (preço sobre lucro) do Ibovespa (que já registra melhora marginal nos últimos meses) deve continuar aumentando, até porque segue muito abaixo da média histórica.

Mesmo após o rali recente, o Ibovespa é negociado a 8 vezes P/L, contra aproximadamente 12 vezes a média histórica, destaca.

“Em particular, a relação preço/lucro “ex-commodities” está bem perto da mínima histórica apesar deste grupo ser o mais sensível à queda dos juros”, diz.

A Guide também enxerga espaço para a valorização do Ibovespa pelo crescimento do lucro das empresas, contrariando o desempenho fraco da economia brasileira nos últimos trimestres.

No caso das empresas expostas a commodities, que caíram com a correção nos preços, o potencial de baixa parece menor agora que o petróleo é negociado a cerca de US$ 70/barril e o minério de ferro perto de US$ 100/tonelada, destacam os analistas.

Em suma, a Guide avalia que o mercado deixou de se comportar como nos momentos de alta de juros e começou a se comportar de forma similar ao que é observado em momentos de queda dos juros – e este movimento está só no começo.