Mercados

Ibovespa: Quantas vezes o índice caiu mais de 2% desde a eleição de Lula?

17 nov 2022, 12:39 - atualizado em 17 nov 2022, 12:39
Lula
Queda da Bolsa e alta do dólar nos primeiros pregões pós-eleição eram esperadas (Imagem: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany)

A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um terceiro mandato como presidente da República abalou os mercados. Dos 12 pregões desde a eleição, em 30 de outubro, o Ibovespa (IBOV) teve uma queda acentuada de mais de 2% em cinco deles. Na outra ponta da balança, o índice teve apenas uma alta acima dos 2%.

Os principais momentos negativos do índice de referência da Bolsa brasileira foram nos dias 7, 9, 10, 16 e 17 de novembro.

Segundo analistas, as quedas foram causadas, principalmente, pelas incertezas quanto aos planos para a PEC da Transição e à equipe econômica do futuro governo, além da cautela em relação ao Orçamento de 2023 e os sinais de responsabilidade fiscal.

(Imagem: Reprodução/Investing.com)

Desde antes da eleição de Lula, o mercado já precificava as eleições e uma eventual vitória do petista, que já liderava as pesquisas eleitorais.

Segundo Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, uma queda da Bolsa de Valores e alta do dólar nos primeiros pregões pós-eleição já eram esperadas. No entanto, apesar do cenário incerto, no médio prazo, o mercado deve se estabilizar e voltar para o lado positivo.

“A Bolsa deve se fortalecer e o real deve ganhar valor”, afirma Izac.

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O baque da PEC

Na volta do feriado da Proclamação da República, o Ibovespa foi pressionado pela forte aversão a risco por parte dos investidores. O índice fechou quarta-feira (16) em queda de 2,57%, a 110.243,33 pontos.

Já nesta quinta-feira (17), com as preocupações sobre o aumento do espaço para gastos públicos em 2023 entregue ontem à noite ao Congresso, o índice da Bolsa ampliou a derrocada e operava em queda de 2,13% na abertura.

A proposta apresentada pelo governo prevê gastos fora do teto de cerca de R$ 200 bilhões em 2023 (R$ 175 bilhões para custo do Bolsa Família + 40% das receitas extraordinárias para investimentos públicos, o que se configuraria em até R$ 23 bilhões em 2023).

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que a discussão sobre o texto final e a definição do prazo para despesas extrateto do Bolsa Família cabem ao Congresso, e que as discussões sobre uma nova âncora fiscal ocorrerão apenas em 2023.

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