Ibovespa: Preços mostram que sempre dá para piorar, diz JPMorgan
Após o Ibovespa cair abaixo dos 100 mil pontos, o JPMorgan disse que “há algum tempo” tem pensado que o mercado está no pico do pessimismo. “Mas os preços estão mostrando que sempre pode piorar”, afirmou.
Na quinta (23), o principal índice da Bolsa brasileira quebrou o patamar psicológico dos 100 mil pontos e o EWZ passou a ser negociado abaixo de 26, em um dos menores níveis desde meados de 2020, auge da pandemia.
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Isso acontece, descaram estrategistas do JPMorgan, em meio a uma decisão dos investidores por posições defensivas, alocações “suaves” no mercado acionário e com poucos recursos líquidos diretos aos papéis.
“Há pouca possibilidade de o mercado subir na ausência de taxas [de juros] mais baixas, ou pelo menos de expectativas de que haja um caminho para isso”, disseram os analistas.
Na quarta-feira, o Banco Central manteve a Selic em 13,75% ao ano e reforçou que “irá perseverar [a taxa atual] até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que mostrou deterioração adicional”.
Recomendação para as ações no Brasil
A equipe do JPMorgan segue com recomendação “overweight” para as ações no Brasil e pondera que tende a ver “o copo meio cheio”. Para os estrategistas, tecnicamente o mercado parece pronto para uma alta.
No entanto, disseram, esse foi o caso na semana passada e na anterior. O JPMorgan avalia que o pacote fiscal é a grande informação pendente para o mercado.
Segundo o BB Investimentos, em relatório diário sobre o Ibovespa, o adiamento da visita do presidente Lula à China gera a expectativa de que a divulgação do arcabouço fiscal possa ser antecipada para essa semana.