Por que Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e BRF (BRFS3) estão no radar da semana
Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e BRF (BRFS3) devem seguir no radar dos mercados nesta semana, disseram analistas.
As ações da estatal brasileira recuaram 3,8% na sexta, depois que a empresa anunciou um corte nos preços da gasolina para as distribuidoras, um dia antes da reoneração do PIS/Cofins para a gasolina e o etanol.
Para Goldman Sachs o anúncio reflete, até certo ponto, os recentes movimentos de preços internacionais. No entanto, destacou, o retorno dos impostos sobre combustíveis pode levar os investidores a ficarem preocupados com uma possível pressão política sobre a empresa.
O diretor de mesa de operações da Amur Capital, Guilherme Schunke Toledo, afirmou que o mercado vai buscar ajustar para uma alteração de margem e de lucro no trimestre. O que, em outras palavras, deve implicar em maior volatilidade para os papéis da Petrobras.
Vale e BRF
O mercado segue à espera de mais estímulos na China após dados fracos de atividade industrial no país.
Na sexta, o contrato futuro de minério de ferro mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações diurnas com queda de 0,7%. A Vale caiu 1,9%, a R$ 64,22.
Já a BRF subiu 3,24%, a R$ 8,91, em meio a expectativas relacionadas a uma capitalização sinalizada pela companhia.
De acordo com o Valor Econômico, a empresa anunciará na segunda-feira a oferta de ações para dar entrada ao investimento do fundo soberano da Arábia Saudita, Salic, e da Marfrig.
Para a Guide Investimentos, o anúncio será marginalmente positivo. A BRF, diz, tem endividamento elevado. A capitalização deve ajudar a redução a preocupação dos investidores com este endividamento, avalia.
“Além disso, a entrada de um investir árabe pode ajudar a destravar exportações para o oriente médio, um dos principais destinos das exportações de aves do Brasil”, afirma.
O que mais mexe com o Ibovespa
Na semana, os índices de gerentes de compras (ISM PMI) nos Estados Unidos na segunda-feira (manufaturas) e na quinta-feira (não-manufaturas) ditarão o rumo dos mercados, seguidos do payroll (relatório oficial de emprego), a ser divulgado na sexta-feira, disse o Itaú BBA.
“Há uma expectativa de enfraquecimento da economia americana, fator que ajuda a manter a tese de dólar fraco ao redor do mundo e dá suporte às visões de que o Fed encerrará o ciclo de alta da taxa de juros logo adiante”, comentou o banco em relatório assinado por Lucas Queiroz.
A reversão desta percepção poderia acarretar impactos no real, na trajetória da inflação e dos juros, avaliou o analista.