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Ibovespa: Por que a XP está menos otimista com a Bolsa

02 out 2023, 16:55 - atualizado em 02 out 2023, 16:55
Ibovespa
XP diz ainda ver espaço para setores que ficaram para trás performarem bem. (Imagem: Getty Images/Canva)

A XP Investimentos reduziu a projeção para o Ibovespa ao final de 2023, de 133 mil pontos para 128 mil, por conta da alta nos juros de longo prazo. A corretora ressaltou que continua a ver o múltiplo do índice descontado, com o P/L (preço sobre lucro) em 7,9x, contra a média histórica de 11x.

Em setembro, diante da perspectiva de continuidade da alta dos preços, os principais bancos centrais sinalizaram juros altos por mais tempo e, com isso, as taxas dos títulos globais continuaram subindo. A dinâmica pesou sobre as ações em todo o mundo.

Para os analistas Fernando Ferreira e Jennie Li, da XP, o principal desafio para a desinflação global é o recente aumento nos preços do petróleo.

Eles dizem que há correlação positiva entre o petróleo e as ações globais, afirmam que o Brasil compartilha um nível comparável de exposição aos preços da commodity com as ações globais, mas destacam que há um impacto mais expressivo no setor de energia.

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Riscos locais para o Ibovespa

Os analistas da XP lembram que há riscos de aumento nos impostos corporativos e dizem que os riscos de o governo não atingir a meta de resultado primário também são uma preocupação.

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“O consenso do mercado é que alcançar a meta parece pouco provável, mas os investidores aguardam mais esclarecimentos”, sublinham.

Para eles, embora a não aprovação das medidas fiscais possa remover um uma grande incerteza para as empresas, poderá haver um efeito mais negativo no câmbio e nas taxas de juros, o que deve pressionar negativamente as ações.

“No último mês, conversamos com vários investidores e uma das principais preocupações em relação aos setores sensíveis aos juros é que muitos já tiveram uma forte alta e parte dos ganhos está sendo revertida”, contam.

A XP diz ainda ver espaço para setores que ficaram para trás performarem bem, apoiados pelo padrão histórico “consistente” de desempenho observado em ciclos de corte no passado.

“No entanto, é importante reconhecer que as atuais condições macro podem continuar a impactar os retornos desses setores/fatores”.