Mercados

Ibovespa pode bater em 125 mil pontos com Bolsonaro, preveem gestores; veja cenário com Lula

03 out 2022, 18:13 - atualizado em 03 out 2022, 18:13
Eleições 2022
Analistas de mercado avaliam como será o desempenho de ativos domésticos até o fim do ano com o presidente eleito (Montagem com Reuters/Carla Carniel e Reuters/Adriano Machado)

O índice Ibovespa pode chegar aos 125 mil pontos até o fim deste ano, caso o presidente Jair Bolsonaro seja reeleito em 30 de outubro, com a eleição presidencial sendo disputada em segundo turno.

É o que diz uma pesquisa realizada pela corretora de investimentos e gestora de patrimônio Warren, em parceria com a Renascença, na qual ouviu 103 gestores, estrategistas de mercado e economistas de mercado sobre as eleições 2022.

Entre os entrevistados, 50,5% acreditam que o patamar da bolsa brasileira pode variar entre 110 e 125 mil pontos, enquanto 39,8% veem o Ibovespa disparando acima de 125 mil pontos.

Entretanto, 5,8% dos entrevistados dizem que o patamar do índice pode ficar entre 95 mil e 110 mil pontos. Por fim, 2,9% veem a bolsa brasileira abaixo dos 95 mil pontos.

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Ibovespa: E com Lula eleito?

Em um cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva eleito em segundo turno, após vencer o primeiro round, os analistas têm um sentimento misto em relação ao Ibovespa.

Para 46,6%, o índice ficará entre os 95 mil e 110 mil pontos caso o petista seja eleito, pela terceira vez. 40,8%, porém, são mais otimistas, vendo a bolsa indo de 110 mil a 125 mil pontos do fim de dezembro.

Já 6,8% acreditam em um patamar abaixo de 95 mil pontos, enquanto 4,9% dos entrevistados acreditam que a eleição de Lula levará o Ibovespa acima de 125 mil pontos.

Dólar

O patamar do dólar em um cenário com Bolsonaro reeleito divide opiniões.

Dos entrevistados, 46,6% veem a moeda norte-americana cotada abaixo dos R$ 5,20, enquanto 39,8% apostam em uma taxa de câmbio entre R$ 5,20 e R$ 5,40 ao fim deste ano.

Outros 7,8% acreditam que o dólar ficará entre R$ 5,40 e R$ 5,60 com a reeleição do presidente, enquanto 5,8% apostam em uma cotação acima de R$ 5,60.

Temor com o petista

Por outro lado, a eleição de Lula traz temores em relação ao dólar, no qual agentes de mercado observam a moeda mais valorizada.

Segundo a Warren, 33% dos especialistas ouvidos constatam a moeda norte-americana disparando entre R$ 5,40 e R$ 5,60, enquanto 31,1% preveem a moeda nos níveis antes do primeiro turno, de R$ 5,20 a R$ 5,40.

Entretanto, 19,4% dos entrevistados acham que a moeda ficará acima de R$ 5,60. Por fim, o dólar deve ficar abaixo de R$ 5,20 na visão de 16,5% dos agentes de mercado.

A pesquisa foi realizada entre 2 e 3 de outubro.

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