Ibovespa está próximo de perder resistência, vê Itaú; veja até onde índice pode cair
O Ibovespa tem mais um dia de perdas nesta quarta-feira, refletindo a piora da inflação e o mau humor com as commodities. Tanto o petróleo quanto o minério de ferro voltaram a cair forte.
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Por volta das 12h28, o índice exibia perdas de 0,75%, a 130,489 mil pontos. Segundo analistas gráficos do Itaú BBA, se perder o patamar de 130 mil, o índice entrará em tendência de baixa no curto prazo e encontrará próximos suportes em 128.400 pontos e o patamar dos 123.000 pontos.
Do lado da alta, o Ibovespa precisa fechar acima dos 134.000 pontos para ganhar impulso em direção ao 135.900 e 137.469 pontos.
“O Ibovespa segue com dificuldades em definir uma tendência e busca um intervalo de negociação. O ponto de atenção está nos 130.000 pontos, que foi a mínima recente deixada, enquanto a retomada do movimento de alta nos mercados americanos poderá ser um gatilho positivo por aqui”.
Para os analistas Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, caso alguma estratégia de compra seja acionada, é interessante se posicionar de forma a correr riscos calculados, enquanto o Ibovespa não definir uma direção.
Por que o Ibovespa cai?
Investidores continuam atentos à China, onde o governo divulgou que o Ministério das Finanças detalhará no sábado planos de estímulo fiscal para impulsionar a segunda maior economia do mundo, após anúncio na véspera decepcionar.
Há uma expectativa sobre quais medidas fiscais o governo chinês adotará e qual o tamanho delas, após o banco central do país e outros órgãos reguladores anunciarem, em setembro, as medidas de estímulo monetário mais agressivas desde a pandemia do Covid-19.
Ainda no exterior, a ata da última decisão de juros do Federal Reserve, quando a taxa foi reduzida em 0,5 ponto, também é destaque na agenda, principalmente após a primeira dissidência de um membro na diretoria em 19 anos.
No Brasil, o IBGE mostrou que o IPCA de setembro acelerou em relação a agosto, com alta de 0,44%, após variação negativa de 0,02% no mês anterior, mas ainda ficou ligeiramente abaixo das previsões (+0,46%). Em 12 meses, subiu 4,42%.
“O resultado de setembro confirma as principais expectativas para os números de inflação, alta de alimentação, repasse cambial dentro do padrão histórico e serviços em desaceleração gradual”, afirmaram economistas do Bradesco em nota a clientes.
“Esse movimento é importante por si só, mas especialmente em um momento em que o crescimento tem surpreendido para cima, com mercado de trabalho aquecido”, acrescentaram.
Com Reuters