Mercados

Ibovespa ganha força e ultrapassa os 117 mil pontos; exterior joga contra

05 out 2022, 12:36 - atualizado em 05 out 2022, 12:37
ibovespa
Apesar do começo forte, o último trimestre de 2022 deve testemunhar uma intensificação da turbulência econômica (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) ganhou força no começo da tarde desta quarta-feira, mesmo com o exterior fraco. Por volta das 12h36, o índice subia 0,80%, a 117.165,71 pontos. Em Wall Street:

O que move o Ibovespa?

Apesar do começo forte, o último trimestre de 2022 deve testemunhar uma intensificação da turbulência econômica, com consequências para o mercado de trabalho.

No exterior, a principal notícia é a divulgação dos dados do relatório de emprego da ADP há pouco, que mostraram que os EUA criaram 208 mil vagas de emprego no setor privado, acima das projeções do mercado que apontavam para 200 mil postos.

Segundo a KPMG, uma das maiores empresas em prestação de serviços, 9 em 10 (91%) CEOs nos EUA acreditam que uma recessão é inevitável no próximo ano.

Na véspera, o Ibovespa ameaçou devolver parte dos ganhos, sob influência das estatais – que recuaram após a euforia pós-primeiro turno das eleições.

De acordo com a Ágora, após dois dias de rali nas bolsas internacionais, os ativos financeiros passam por alguma realização de lucros nesta quarta-feira.

Entre as commodities, os contratos futuros de petróleo passam por ajuste técnico e recuam, embora especulações em torno do volume de um corte na produção sigam movimentando o mercado, enquanto os preços futuros do minério de ferro mostraram leve avanço no mercado de Cingapura, cotados pouco acima dos US$ 94 por tonelada.

Para a Ágora Investimentos, o desempenho geral dos ativos locais pode ainda refletir fatores domésticos, especialmente os relacionados à corrida eleitoral e a formação de coalizões para o 2º turno.

“O risco fiscal do país ainda é a principal fonte de preocupação e especulasse no mercado que a atual equipe econômica deve enviar ao Congresso, após o segundo turno, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para viabilizar as mudanças no Auxílio Brasil”, coloca.

Da cena política, as campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro seguem se movimentando em busca de apoios, enquanto o mercado busca sinalizações, principalmente de Lula, que venceu o primeiro turno, sobre suas políticas econômicas.

Para economistas do Goldman Sachs, após o rali pós-primeiro turno, a direção do mercado provavelmente refletirá sinais relacionados ao segundo turno, se Lula desloca sua campanha e plataforma política mais para o centro, conforme relatório enviado a clientes.

Eles acrescentaram que o mercado também busca sinais, em particular do petista, para cargos relevantes como o de ministro da Fazenda, além de um contorno mais preciso para as principais propostas ainda vagamente formuladas, como reforma tributária e a âncora fiscal para substituir o teto dos gastos.

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