Ibovespa perde força e chega a renovar mínima do ano, mas retoma sinal positivo
O Ibovespa tinha uma alta tímida na tarde desta terça-feira, após devolver boa parte dos ganhos vistos mais cedo, diante de sessão negativa no exterior, enquanto a cena fiscal segue no radar doméstico, após fala do ministro da Economia.
O principal índice da bolsa paulista chegou a reverter os ganhos e cair abaixo dos 102.000 pontos, alcançando a mínima intradiária de 2021, a 101.736,31, antes de buscar alguma recuperação. Na véspera, o Ibovespa cedeu uma alta inicial, fechando no menor patamar do ano.
Em sessão volátil, às 13:50, o Ibovespa subia 0,36%, a 102.492,36 pontos. O volume financeiro era de 14,6 bilhões de reais.
Paulo Guedes disse, em audiência pública na Câmara dos Deputados, que “todo mundo” sabe que ele queria manter o teto de gastos, mas frisou que o Brasil é uma democracia e nem sempre o ponto de vista da equipe econômica vence.
“Economia não tem última palavra, luta até o final pelo que é correto tecnicamente”, disse.
Para a estrategista-chefe da Necton Investimentos, Bruna Marcelino, a afirmação de que a Economia não tem a palavra final “mostra que a preocupação com gastos não é nem de longe unanimidade, pelo contrário”.
As falas do ministro ocorrem no momento em que o foco do mercado está voltado para o tema fiscal, com a tramitação da PEC dos Precatórios e o financiamento do Auxílio Brasil.
O enfraquecimento do pregão brasileiro também era influenciado pela queda dos norte-americanos Nasdaq e S&P 500, diante da alta dos rendimentos dos Treasuries, que pesam sob as ações de companhias de tecnologia, ainda que os bancos subam.
Na B3, os papéis da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3;PETR4) subiam, com o avanço de commodities no exterior. B3 (B3SA3) e WEG (WEGE3), por sua vez, eram as maiores influências negativas para o índice.