Mercados

Ibovespa perde força após superar 100 mil pontos; Braskem cede mais de 5%

09 jul 2020, 12:19 - atualizado em 09 jul 2020, 12:19
Após a forte recuperação recente nos mercados acionários se faz necessário um novo catalisador (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

O Ibovespa voltou a tocar os 100 mil pontos nesta quinta-feira, o que não acontecia desde março, mas perdeu força e recuava, com Braskem (BRKM5) liderando as perdas, em meio a um cenário externo menos favorável a ativos de risco.

Às 12:19 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) caía 0,69%, a 99.085,84 pontos. Na máxima mais cedo, chegou a 100.191,24 pontos. O volume financeiro no pregão era de 8,4 bilhões de reais.

No exterior, Wall Street tinha o S&P 500 em queda, com dados de auxílio-desemprego nos Estados Unidos também no radar, enquanto agentes seguem monitorando a evolução da pandemia de Covid-19 e a reação da atividade econômica.

Para alguns profissionais da área de renda variável, após a forte recuperação recente nos mercados acionários se faz necessário um novo catalisador, ou o espaço de alta tende a ser reduzido no curto prazo.

No caso do Ibovespa, o estrategista-chefe da XP Investimentos, Fernando Ferreira, avalia que, em relação à renda fixa, ainda há um potencial bastante interessante de valorização, mas que o ‘upside’ agora é menor.

“Do movimento total de recuperação, desde os 60 mil pontos, sem dúvida, boa parte já aconteceu”, afirmou.

Wall Street cedia, após mercado digerir enrosco na criação de postos de trabalho (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Após encostar nos 120 mil pontos em janeiro, o índice afundou em março por causa da Covid-19, chegando a 61.690,53 pontos no pior momento. Desde então, já subiu mais de 60%.

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Destaques

Braskem (BRKM5) caía 6,1%, entre as maiores quedas do Ibovespa, após forte alta na véspera. A petroquímica informou que a Defesa Civil incluiu 1.918 imóveis para desocupação nos bairros Mutange, Bom Parto, Pinheiro e Bebedouro, em Maceió, no contexto do evento geológico em Alagoas.

IRB Brasil (IRBR3) recuava 2,6%, após a resseguradora aprovar aumento do capital até 2,3 bilhões de reais com emissão de ordinárias para subscrição privada a 6,93 reais por papel, com diluição potencial entre 24,7% e 26,4% dos atuais acionistas.

No pior momento, a ação caiu 10,8%, a 8,31 reais.

Eletrobras (ELET3; ELET5) valorizavam-se 8% cada, ainda tendo no radar expectativas relacionadas a sua tão esperada e adiada privatização. O índice do setor elétrico subia apenas 0,3%.

A aérea prevê um prejuízo de R$ 3,20 por ação (Imagem: Facebook/ Gol)

Gol (GOLL4) avançava 2,1%, entre os destaques positivos. A aérea divulgou mais cedo atualização sobre sua situação de liquidez, afirmando que tem mais de 12 meses de caixa disponível, excluindo reembolsos e caixa restrito, bem como dados preliminares no segundo trimestre.

Petrobras (PETR4) cedia 1,4% e Petrobras (PETR3) recuava 1,6%, na esteira da queda dos preços do petróleo no exterior.

Vale (VALE3) recuava 1,3%, mesmo com alta dos preços dos contratos futuros do minério de ferro na China pela quinta sessão consecutiva.

Itaú Unibanco (ITUB4) perdia 0,8% e Bradesco (BBDC4) mostrava variação negativa de 0,5%, corroborando a fraqueza do Ibovespa.