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Ibovespa passa a subir puxado pela Ambev (ABEV3), apesar de inflação mais forte nos EUA

13 jul 2022, 12:32 - atualizado em 13 jul 2022, 12:32
Ações mais promissoras
Às 12h02, o Ibovespa subia 0,43%, a 98.697,81 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) ensaiava melhora nesta quarta-feira, com as ações da Ambev (ABEV3) entre os principais suportes, apesar de dado que mostrou que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos acelerou no mês passado acima do esperado.

Às 12:02, o Ibovespa subia 0,43%, a 98.697,81 pontos. O volume financeiro somava 7,1 bilhões de reais, em sessão ainda marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre o índice.

Nos EUA, o índice de preços ao consumidor subiu 1,3% no mês passado, após avançar 1,0% em maio, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira. Economistas consultados pela reuters projetavam alta de 1,1% do índice.

Nos 12 meses até junho, os preços ao consumidor saltaram 9,1%, de 8,6% em maio, maior avanço desde novembro de 1981.

“Tanto a taxa em si como a composição do índice são bastantes negativas para a trajetória da inflação nos EUA”, afirmou o sócio e economista-chefe do Modal, Felipe Sichel.

Investidores têm monitorado atentamente dados da inflação norte-americana, buscando calibrar as apostas em torno das possíveis estratégias do Federal Reserve para a taxa de juros dos EUA e seus impactos sobre a economia global.

Na visão do JPMorgan, os números sobre os preços ao consumidor do mês passado devem manter a pressão sobre o banco central norte-americano, para que seja agressivo na reunião do final do mês, conforme relatório a clientes.

“Achamos que uma alta de 50 pontos base na reunião de julho parece muito improvável neste momento, e vemos uma chance de que eles apertem ainda mais do que nossa projeção para uma alta de 75 pontos”, disse o economista do banco Daniel Silver.

Wall Street também se afastou das mínimas, com o S&P 500 mostrando decréscimo de apenas 0,3%, que ajudava o Ibovespa.

Também no radar no mercado brasileiro estavam as vendas no varejo em maio que desaceleraram o ritmo de crescimento, ficando aquém das expectativas, no pior desempenho para o mês desde 2019.

Destaques

AMBEV subia 5,7% após relatório do JPMorgan que elevou recomendação dos papéis para “overweight”, bem como o preço-alvo para 17 reais, citando entre os argumentos o arrefecimento nos preços de commodities, que deve beneficiar margens.

Lojas Renner (LREN3) avançava 2,7%, uma vez que dados sobre as vendas no varejo do Brasil mostraram melhora no ritmo de crescimento no segmento de vestuário e calçados, na contramão do índice cheio, que desacelerou. Cielo (CIEL3), também sensível aos dados, caía 2,3%

Natura (NTCO3) valorizava-se 2,8%, buscando dar continuidade aos ganhos do último pregão e manter a trajetória de recuperação neste mês, após um três meses seguidos de baixa, acumulando no período uma desvalorização de 48%.

Itaú Unibanco (ITUB4) subia 0,5%, revertendo as perdas do começo da sessão, enquanto Bradesco (BBDC4)  ainda cedia 0,4%.

Hapvida (HAPV3) caía 2,2%, em sessão negativa para o segmento de saúde na bolsa, com Rede D’OR (RDOR3) perdendo 2,95% e Qualicorp (QUAL3) em queda de 1,44%.

B3 (B3SA3) recuava 0,85%, mais uma vez entre as maiores pressões negativas do Ibovespa, após dados recentes mostrarem queda no volume médio diário negociado nos segmentos de ações e de derivativos ano a ano. Números preliminares de julho mantêm a tendência no segmento de ações.

Vale (VALE3) subia 0,4%, em dia de recuperação dos preços do minério de ferro na Ásia, depois que dados mostraram que as exportações da China cresceram em um ritmo mais rápido do que o esperado em junho.

Petrobras (PETR4) valorizava-se 0,8%, também oferecendo um suporte relevante, acompanhando a melhora dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent tinha elevação de 0,5%.

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