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Ibovespa: “paradinha” para realização de lucros pode ser mais profunda

24 jul 2020, 11:10 - atualizado em 24 jul 2020, 11:10
Mercados
O índice pode aprofundar a queda como resultado da piora do ambiente internacional (Imagem: Pixabay/Audy0073)

O Ibovespa (IBOV) deu uma “parada” para a realização de lucros após encostar nos 105 mil pontos, mas perdeu o primeiro suporte nos 103.200 pontos, apontam analistas gráficos.

Após fechar a quinta-feira (23) em 102.293 pontos, o índice tem mais um dia de queda nesta sexta-feira (24) ao acompanhar o desempenho dos mercados financeiros internacionais.

A China ordenou aos EUA que fechem seu consulado na cidade de Chengdu nesta sexta-feira, reagindo à exigência feita por Washington nesta semana para que a Pequim feche seu consulado de Houston.

Fonte: Itaú BBA e Broadcast

Segundo os analistas Fábio Perina e Larissa Nappo do Itaú BBA, o Ibovespa perdeu o suporte inicial e abriu espaço para um caminho naté os próximos em 102.300, 100.100 e 97.600 pontos, este último é o patamar que mantém o índice em tendência de alta no curto prazo.

Para Maurício A. Camargo da Ágora Investimentos, o índice iniciou um “forte movimento de realização de lucros após ter largado candles de dúvida próximo à região de resistência marcada aos 106.000 pontos”.

Ele vê o próximo suporte na linha dos 100 mil pontos, que é o nível onde passa a antiga reta de resistência que havia sido superada e que coincide com a base do canal de curto prazo.

“Na eventual perda desse ponto, o índice poderia acelerar ainda mais na venda, buscando objetivos que projetariam inicialmente em 97.500 e 95.200 pontos”, explica.

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“O mercado brasileiro depende da superação dos demais mercados internacionais de suas máximas recentes”, apontam os analistas do Itáu BBA (Imagem: Reuters/Tyrone Siu)

Retorno

Para voltar a subir, explicam os analistas do Itaú BBA, o mercado brasileiro depende da superação dos demais mercados internacionais de suas máximas recentes.

Se superar uma resistência aos 105.500 pontos, o índice retomaria sua caminhada rumo a 108.800 pontos e sua máxima histórica em 120 mil pontos.

“Embora a perspectiva continue de alta no curto prazo, a queda no último pregão dos mercados mostrou que ainda não está totalmente livre a trajetória para subir. O Ibovespa em dólar que havia superado a importante resistência em 20.000 pontos, recuou”, apontam Perina e Nappo.