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Ibovespa: Ou índice estanca queda agora, ou derrete até 4% nos próximos dias

17 maio 2024, 12:59 - atualizado em 17 maio 2024, 12:59
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Sai de baixo: Ibovespa conseguirá evitar tombo maior nos próximos dias? (Imagem: Pixabay/ Holdosi)

O Ibovespa vive mais um daqueles momentos decisivos, em que pode virar o jogo e voltar a subir, ou mergulhar numa espiral de perdas para desgosto dos investidores. De acordo com a equipe de análise gráfica do Itaú BBA, o principal índice da Bolsa brasileira está próximo de um piso que, se rompido, pode precipitar um novo tombo.

Esse limiar está na região dos 127.100 pontos, segundo Fabio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, que assinam a análise técnica do Itaú BBA. “Se perder os 127.100 pontos, o Ibovespa deixará sinal de topo e poderá buscar  novamente a mínima recente deixada em 123.300 pontos“, afirma o trio.

Para romper esse suporte, basta que o Ibovespa caia apenas 0,92% em relação aos 128.284 pontos com que fechou o pregão de ontem (16). Considerando-se que, por volta das 12h20 desta sexta-feira (17), o índice estava em 128.016, a distância até o ponto crítico encurtou para apenas 0,72%.

É verdade que, nos últimos 30 pregões, uma queda igual ou maior que 0,92% só ocorreu duas vezes: em 09 de maio, quando tombou 1%, e em 30 de abril, quando perdeu 1,12%. Mas nada impede que pequenas quedas sucessivas corroam o suporte e lancem o índice na direção dos 123 mil pontos.

Para os grafistas do Itaú BBA, “o momento é de esperar um rompimento para buscar algum sinal do próximo passo do mercado.” Para engatar uma alta consistente, o benchmark da Bolsa precisa romper a resistência na região dos 130 mil pontos, ou seja, é preciso subir 1,34% sobre o fechamento de ontem apenas para embalar um ciclo de ganhos.

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Ibovespa: Para embalar alta, índice deve mostrar consistência

Mas o banco faz um alerta importante: não basta qualquer alta. É preciso que seja um movimento de boa qualidade, difundido por muitos setores e papéis, e não puxado por poucas ações. “Vale lembrar que para uma alta consistente, o movimento precisa estar espalhado entre outros segmentos e setores do mercado, o que atualmente ainda não está”, explica o relatório.

Se isso ocorrer, o Ibovespa terá caminho livre para subir até os 131.700 pontos e, uma vez ultrapassado, buscar sua máxima histórica de 134.400 pontos. Se fracassar, não poderá culpar o cenário externo, que começa a favorecer os ativos de risco.

“Os ventos internacionais começam a dar sinais positivos, com os principais índices nos EUA e na Europa
negociando em máximas históricas. Porém, ainda vemos dificuldades para o Ibovespa aproveitar esse
momento internacional”, assinalam os analistas do Itaú BBA.