Mercados

Ibovespa cede com realização de lucros após bater 110 mil pontos; CVC salta 5%

25 nov 2020, 12:22 - atualizado em 25 nov 2020, 12:23
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O movimento de euforia global na busca por ativos mais sensíveis ao ciclo econômico, avalia o BTG (Imagem: B3/Linkedin)

A bolsa paulista não mostrava um viés claro nos primeiros negócios desta quarta-feira após ganhos nas últimas duas sessões que fizeram o Ibovespa encostar nos 110 mil pontos. Investidores digeriam uma bateria de dados norte-americanos divulgados nesta manhã, antes de feriado nos Estados Unidos na quinta-feira.

Às 12:22 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) cedia 0,27%, a 109.946,59 pontos.

Na véspera, o Ibovespa subiu mais de 2%, renovando máximas desde fevereiro, beneficiado pelo apetite a risco global, na esteira de dados promissores sobre a eficácia de vacinas contra o coronavírus, além de otimismo com a transição de poder nos EUA.

Uma bateria de dados econômicos dos EUA também ocupavam as atenções, entre eles um aumento não esperado nos pedidos semanais de auxílio-desemprego, enquanto a pauta da tarde reserva a ata da última reunião do Federal Reserve.

Em Wall Street, o S&P 500 (SPX) cedia 0,28%. Na quinta-feira, as bolsas em Nova York estarão fechadas em razão do Dia de Ação de Graças.

A equipe do BTG Pactual (BPAC11) observou que, apesar de incertezas atreladas ao ambiente político no Brasil, o movimento de euforia global na busca por ativos mais sensíveis ao ciclo econômico promoveu uma forte recuperação do Ibovespa.

“Estamos em um momento onde o apetite a risco tem sido muito grande por não haver outra opção de rendimento atrativo”, disse em nota a clientes, acrescentando que segue analisando apenas boas oportunidades com boa estratégia de crescimento para 2021.

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Destaques

Itaú e bancos, em geral, têm sessão de ajustes (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) cediam 1,3% e 1,25%, respectivamente, em meio a ajustes, após forte recuperação em novembro, com o acumulado no mês ainda mostrando elevação ao redor de 25% cada

Petrobras (PETR4) recuava 1,26%, também corrigindo valorização expressiva recente, apesar do sinal positivo nos preços do petróleo. No mês, os papéis avançam quase 37%.

CVC Brasil (CVCB3) avançava 5,02%, tendo de pano de fundo que a agência de risco S&P elevou o rating em escala nacional da companhia para ‘B’, com perspectiva em desenvolvimento, ante nota ‘CCC-‘ e perspectiva negativa.

Equatorial (EQTL3) valorizava-se 3,72%, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovar Revisão Tarifária Extraordinária da Equatorial Piauí, com efeito médio a ser percebido pelo consumidor de 3,48%.

Vale (VALE3) cedia 0,15%, em dia misto no setor de mineração e siderurgia após valorizações recentes. Gerdau (GGBR4) perdia 0,71%, mas Usiminas (USIM5) subia 0,72% e CSN (CSNA3) tinha variação positiva de 0,04%.

Embraer (EMBR3) recuava 1,78%, também sofrendo com realização de lucros após forte elevação em novembro, sendo que apenas nos últimos dois dias subiu 6,5%.