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Ibovespa recua em dia cheio de balanços e Qualicorp desaba 8%

11 ago 2021, 10:15 - atualizado em 11 ago 2021, 11:20
Ibovespa
Às 11:19, o Ibovespa caía 0,71 %, a 121.341.71 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, em meio a uma nova bateria de resultados corporativos, com Qualicorp desabando 8% após queda no lucro do segundo trimestre, enquanto agentes financeiros também repercutem números de inflação nos Estados Unidos e vendas no varejo no Brasil.

Às 11:19, o Ibovespa caía 0,71 %, a 121.341.71 pontos. O volume financeiro somava 4,7 bilhões de reais.

Investidores ainda estão atentos à análise da reforma do Imposto de Renda pela Câmara dos Deputados após o plenário da Casa rejeitar a PEC do voto impresso na noite de terça-feira. Isso sem tirar do radar os desdobramentos relacionados à PEC dos Precatórios.

Já a pauta macroeconômica brasileira mostrou mais cedo que o setor varejista do Brasil encerrou o segundo trimestre com queda inesperada das vendas em junho e a mais forte do ano depois de dois meses de ganhos, mas ainda assim segue acima do patamar pré-pandemia.

Em Wall Street, o S&P 500 e o Dow Jones renovaram máximas nos primeiros negócios, com a pauta do dia mostrando que o crescimento da inflação parece ter atingido o pico em julho.

“O Ibovespa segue em tendência de baixa e segue ainda próximo da região de suporte em 121.500 pontos”, afirma análise técnica do Itaú BBA, destacando que se o Ibovespa perder essa nível abrirá caminho para seguir em direção a 119.400 e 117.600 pontos. “Momento de cautela no mercado continua.”

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Destaques

Qualicorp (QUAL3) recuava 8,1%, tendo de pano de fundo resultado do segundo trimestre da empresa planos de saúde com queda no lucro, refletindo maiores despesas financeiras e com campanhas de vendas.

BR Distribuidora (BRDT3) perdia 3,95%, mesmo após dobrar o lucro no segundo trimestre. Também no radar está MP sobre venda direta de etanol e nova regra para postos. No setor de distribuição de combustíveis, Ultrapar (UGPA3) e Cosan (CSAN3) caíam 1,6% cada.

Raia Drogasil (RADL3) cedia 4,4%, apesar da forte alta do lucro no segundo trimestre, refletindo forte alta das receitas sobre uma baixa base de comparação e efeitos extraordinários.

 NotreDame Intermédica (GNDI3) caía 1,3%, após a empresa de saúde reportar prejuízo no segundo trimestre, refletindo forte alta das despesas com procedimentos médicos, que haviam sido represados durante os períodos de isolamento para conter a pandemia.

Marfrig Global Foods (MRFG3) caía 0,15%, afastando-se das máximas, mesmo após reportar lucro líquido recorde de 1,738 bilhão de reais no segundo trimestre, alta de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo bom desempenho da operação norte-americana da empresa.

Vale (VALE3) rondava a estabilidade, em sessão de alta dos contratos futuros do minério de ferro na China, bem como dos futuros do aço em meio a temores relacionados à oferta. No setor, CSN (CSNA3) subia 2% e Usiminas (USIM5) PNA avançava 0,7%.

Petrobras (PETR3;PETR4) cedia 0,35%, contaminada pelo declínio dos preços do petróleo no exterior.

Itaú Unibanco (ITUB4) registrava declínio de 0,8% e Bradesco (BBDC4) perdia 0,4%, corroborando a fraqueza do Ibovespa. Banco Inter (BIDI11), que divulga balanço após o fechamento do mercado, caía 2%.

(Atualizada às 11h19)