Mercados

Ibovespa: Os sinais negativos que afundam índice nesta terça-feira

30 maio 2023, 12:58 - atualizado em 30 maio 2023, 14:22
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Ibovespa cai levado pelas commodities (Imagem: Bloomberg)

O Ibovespa tem mais uma sessão negativa nessa terça-feira influenciado pelos papéis de grande peso, os chamados blue chips. Por volta das 12h35, o índice despencava 1,41%, a 108.780 pontos. Em Wall Street:

  • Nasdaq tinha alta de 0,66%;
  • S&P 500 exibia variação positiva de 0,15%;

Lá fora, os índices americanos dão sinais de reação com a esperança de que congressistas e o presidente Joe Biden cheguem a um acordo sobre o teto da dívida.

Por aqui, o risco de desaceleração da China continua impactando o setor de maior peso na bolsa: as commodities. As ações de Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3),  Metalúrgica  Gerdau (GOAU4), 3R Petroleum (RRRP3), Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) caem em bloco.

Os preços dos contratos futuros do minério de ferro na China, bem como de outros produtos siderúrgicos, voltaram a cair com receios de uma economia mais fraca.

“Na China, cresce o ‘eco’ de uma perda de momento do crescimento e o que isso pode trazer de impacto na economia global e nos mercados”, pondera o CIO da TAG Investimentos, Dan Kawa, em comentário matinal.

A expectativa é de que a indústria no país tenha contraído ainda mais em maio, aumentando as pressões enfrentadas pela segunda maior economia do mundo em meio à retomada econômica desigual da pandemia.

E, para piorar, o setor bancário, que também possui forte peso no índice, também recua.

O Itaú (ITUB4) perde 1,71%. Outros bancos também tinham desempenho negativo: o Bradesco (BBDC4) recua 2,23% e o BTG Pactual (BPAC11) tem queda de 2,93%.

Nesta terça, dados do Banco Central mostraram que as concessões de empréstimos com recursos livres no Brasil recuaram 16,5% em abril ante março, enquanto a inadimplência no segmento de recursos livres subiu.

Inflação em queda

Nesta terça-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que a deflação do IGP-M se intensificou em maio para 1,84% e marcou a maior queda na série histórica iniciada em 1989. Em paralelo, o Índice de Preços ao Produtor (IPP), do IBGE, caiu 0,35% em abril, a terceira taxa mensal negativa seguida.

Os números foram conhecidos após declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na noite da véspera, de que os núcleos de inflação estão, em média, arrefecendo, embora mais lentamente do que o esperado, e o Brasil entrou em uma janela temporal agora na qual esse movimento de queda deve continuar.

Com Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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