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Ibovespa mostra hesitação com Wall Street; Pão de Açúcar dispara e Petrobras recua

10 set 2020, 12:46 - atualizado em 10 set 2020, 12:48
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Inúmeros eventos no exterior provocam estabilidade do Ibovespa na abertura desta quinta-feira (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

A bolsa paulista mostrava alguma fraqueza nos primeiros negócios desta quinta-feira, diante da falta de um viés claro na cena financeira externa, enquanto o noticiário corporativo no país destacava plano do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) de cindir a unidade Assaí.

Às 12:46 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) caía 0,54%, a 100.1744,16 pontos.

No exterior, os mini contratos futuros dos principais índices acionários sugeriam uma abertura positiva em Wall Street, após os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA totalizaram 884 mil na última semana.

Também sob os holofotes está a decisão do Banco Central Europa de manutenção de sua política monetária e declarações de sua presidente, Christine Lagarde.

Em relação às commodities, porém, os preços do petróleo voltavam a trabalhar em queda, com o Brent recuando 0,6%.

No Brasil, o setor varejista permaneceu em expansão em julho, com o terceiro aumento seguido das vendas e no ritmo mais forte para o mês na série histórica, com os números também superando as projeções de analistas.

Da cena corporativa, GPA disparava mais de 17%, após o varejista anunciar na véspera estudos para a cisão de seu braço de atacarejo Assaí e posterior listagem na B3 e na Bolsa de Nova York.

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Destaques

Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) disparava 12,87%, após o grupo varejista anunciar na véspera estudos para a cisão de seu braço de atacarejo Assaí e posterior listagem na B3 e na Bolsa de Nova York.

“A cisão das operações do GPA e Assaí possibilitará as companhias de seguirem uma estratégia independente de crescimento, com bancos conseguindo analisar o risco de crédito de cada negócio de forma separada”, avaliou o analista Luis Sales, da Guide Investimentos.

Gol (GOLL4) avançava 3,98%, tendo de pano de fundo dados sobre liquidez e perspectivas sobre capacidade, entre outros dados, como o de consumo líquido de caixa diário em agosto, que recuou 91% ante julho, a 6 milhões de reais.

No setor, Azul (AZUL4) subia 1,95%. Na véspera, a Reuters publicou que os EUA planejam encerrar a triagem ampliada da Covid-19 a passageiros do Brasil e outros países e abandonar as exigências de que voos desses locais cheguem a 15 aeroportos norte-americanos específicos.

Petrobras (PETR3; PETR4) recuavam 1,28% e 1,56%, respectivamente, na esteira da queda dos preços do petróleo no mercado externo. No radar, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal no Paraná deflagraram nesta quinta-feira a 74ª fase da operação Lava Jato que inclui entre os alvos principais pessoas ligadas à companhia.

Vale (VALE3) perdia 0,82%, em sessão mista para o setor de mineração e siderurgia na bolsa, com Usiminas (USIM5) em queda de 0,36%, mas Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3)  em alta de 0,49% e 1,45%, respectivamente.

Magazine Luiza (MGLU3) valorizava-se 2,52%, mais uma vez apresentando melhor desempenho entre as empresas com forte participação no comércio eletrônico. Via Varejo (VIVA3) subia 1,84%, mas B2W (BTOW3) rondava estabilidade.

Itau Unibanco (ITUB4) subia 0,53%, ajudando o Ibovespa a segurar o sinal positivo. Bradesco (BBDC4) tinha variação positiva de 0,05%. BTG Pactual (BPAC11), que teve desempenho mais forte na véspera, caía 1,39%.