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Ibovespa passa a subir e se aproxima dos 100 mil pontos; CVC Brasil salta mais de 5%

10 jul 2020, 11:46 - atualizado em 10 jul 2020, 11:48
Mercados Ibovespa
Investidor volta a ficar preocupado com o avanço da pandemia (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

A bolsa paulista não mostrava uma tendência clara nos primeiros negócios desta sexta-feira, com investidores atentos ao avanço dos casos de coronavírus, bem como potenciais reflexos no ritmo de recuperação das economias.

Às 11:46 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) subia 0,56%, a 99.717,92 pontos.

No exterior, o aumento de casos de Covid-19, particularmente nos Estados Unidos, adiciona alguma cautela, dado o risco de um efeito negativo na retomada das economias, cujos sinais têm amparando uma forte recuperação nas bolsas. Em Wall Street, o S&P 500 tinha variação negativa de 0,06%.

Para a Elite Investimentos, o número recorde de casos de infecção pelo Covid-19 em alguns Estados norte-americanos seguem pensando no humor dos investidores, principalmente o temor de que uma segunda onda prejudique a reabertura.

Agentes financeiros têm associado menor fôlego na bolsa brasileira nos últimos pregões também à falta de notícias relevantes que atuem como catalisadores para novo movimento de compras, além de algumas realizações de lucros.

Embora o Ibovespa ainda acumule queda de cerca de 14% em 2020, desde a mínima registrada em março já registra valorização ao redor de 60%.

Investidores também aguardam o começo da temporada da balanços no Brasil neste mês, que deve mostrar o efeito do período mais agudo da crise provocada pelo coronavírus. Do Ibovespa, Weg (WEGE3) abre a safra no dia 22.

Destaques

CVC
Aumento de capital impulsiona ação da turística (Imagem: Money Times/Vitória Fernandes)

CVC Brasil (CVCB3) saltava 6,82%, a 20,61 reais, tendo alcançado 21,22 reais na máxima até o momento, após anunciar um aumento de capital que pode chegar a 703 milhões de reais, com subscrição privada a 12,84 reais por ação.

O valor representa um desconto de 33,5% em relação à cotação de fechamento do papel da véspera, de 19,30 reais. Analistas do BTG Pactual consideraram o anúncio positivo, embora ainda enxerguem um cenário desafiador para o setor nos próximos trimestres. No ano, as ações da CVC acumulam queda de cerca de 50%.

B2W (BTOW3) perdia 1,59%, em sessão de ajuste após forte valorização na véspera, com o setor de e-commerce entre os que mais se valorizaram na bolsa em 2020. Via Varejo (VVAR3) subia 0,85% e Magazine Luiza (MGLU3) ganhava 0,2%.

JBS (JBSS3) tinha elevação de 3,42%, com o setor de proteínas como um todo em alta na sessão. Marfrig (MRFG3) ganhava 2,75% e Minerva (BEEF3) subia 1,28%.

Analistas do BTG Pactual publicaram prévia para os resultados do setor no segundo trimestre, estimando crescimento agregado da receita líquida das empresas sob sua cobertura de mais de 33% ano a ano. Além de JBS, Marfrig e Minerva, a conta também inclui BRF e M.Dias Branco.

Petrobras (PETR3PETR4) avançava, 1,19% e 0,95%, respectivamente, tendo de pano de fundo a alta dos preços do petróleo no mercado externo.

Vale Mineração Empresas
Vale ignora queda do minério e opera em alta (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

Vale (VALE 3) tinha elevação de 0,99%, mesmo com declínio dos preços futuros do minério de ferro na China, que, entretanto, marcou seu maior ganho semanal desde meados de maio, com o otimismo crescendo em relação às perspectivas de demanda do maior produtor e consumidor mundial de produtos siderúrgicos.

No setor de mineração e siderurgia, CSN (CSNA3) mostrava alta de 0,81%.

Itaú Unibanco (ITUB4) avançava 1,11%, mesmo após sua unidade no Chile registrar uma baixa contábil sem efeito caixa referente a perda de 930 milhões de dólares com ativos.

No setor, Bradesco (BBDC4) subia 1,28% e Banco do Brasil (BBAS3) tinha elevação de 0,24%, mas Santander Brasil (SANB11) cedia 0,21%.

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