O que importa para o mercado após aprovação da PEC e novos ministros
Depois da aprovação da PEC da Transição no Congresso e da indicação de ministros do novo governo, o mercado acompanhará a votação do Orçamento de 2023 – que deve ocorrer antes do início do recesso parlamentar, que começa na sexta -, disseram analistas nesta quinta-feira (22).
O Senado aprovou o texto que aumenta o teto de gastos no ano que vem em R$ 145 bilhões. Hoje, o presidente eleito Lula (PT) deve anunciar mais nomes para o governo, depois de confirmar o ex-prefeito de São Paulo na Economia, Ministério mais importante para agentes do mercado.
A XP avaliou as mudanças na PEC como positivas, mas ponderou que o impacto fiscal ainda é “bastante elevado”. “O aumento de despesas – majoritariamente obrigatórias – será permanente e, neste sentido, não vemos efeito econômico significativo da alteração do prazo de vigência da emenda constitucional, de dois anos para um ano”, disse.
Para a Guide Investimentos, ainda “há grande expectativa” pelo anúncio de novos ministros do governo Lula.
O BB Investimentos afirma que, caso os nomes a serem anunciados hoje, especialmente os da equipe econômica, não sejam pró-mercado, os investidores podem assumir um posicionamento de cautela.
Apesar disso, os analistas do banco disseram ver redução de parte das incertezas fiscais no curtíssimo prazo após a aprovação da PEC da Transição.
“Esperamos mais uma sessão positiva para os negócios locais, porém com magnitude menor. Com isso, o Ibovespa deve se valorizar; o dólar se enfraquecer frente ao real; e a curva de juros devolver prêmios de risco em todos os prazos”, afirmaram.
Por volta as 10h, o Ibovespa futuro subia 0,20%, aos 109,6 mil pontos, enquanto o dólar caía 0,17%, a R$ 5,19.