Ibovespa mostra fraqueza na abertura com declínio de commodities
O Ibovespa subia nesta segunda-feira, com ações de empresas de proteínas e de bancos entre os principais suportes, mas o movimento era limitado pelo efeito negativo da queda dos preços do petróleo e do minério de ferro nos papéis da Petrobras e da Vale, além dos riscos político e fiscal no Brasil.
Às 11:23, o Ibovespa subia 0,15%, a 123.997.70 pontos. O volume financeiro somava 3,2 bilhões de reais.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta de quase 1%, assegurando uma performance positiva no acumulado da primeira semana de agosto.
Na visão do economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, incertezas sobre o crescimento global em meio ao aumento da disseminação dos casos do coronavírus e expectativas quanto ao próximo movimento do Federal Reserve pesam sobre os ativos de risco em geral, alimentando a volatilidade.
Em Wall Street, o S&P 500 recuava 0,2%
No Brasil, acrescentou Rosa, a agenda fiscal segue no foco dos investidores, com a apresentação da PEC dos Precatórios e a MP que cria o programa assistencial Auxílio Brasil (novo Bolsa Família), além da votação da reforma do Imposto de Renda. Ainda em Brasília, está no radar a votação da PEC do Voto Impresso.
“Diante de tantas incertezas, a Bovespa deve permanecer sem impulso”, avalia, em comentário enviado a clientes.
Destaques
Minerva (BEEF3) subia 2,7% antes do balanço do segundo trimestre, previsto para após o fechamento do mercado, com o setor de proteínas como um todo na ponta positiva. Marfrig (MRFG3) avançava 3,9% e JBS (JBSS3) tinha elevação de 2,8% BRF (BRFS3) valorizava-se 2,6%.
Vale (VALE3) caía 1,5%. Os contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian e Cingapura despencaram nesta segunda-feira, ampliando as perdas da semana passada, pressionados por perspectivas de aumento de oferta e enfraquecimento da demanda chinesa.
Petrobras (PETR4) recuava 0,95%, na esteira da forte queda dos preços do petróleo no mercado externo, refletindo a alta do dólar e preocupações de que novas restrições relacionadas ao coronavírus na Ásia, especialmente na China, desacelerem a recuperação global na demanda por combustível.
Itaú Unibanco (ITUB4 mostrava acréscimo de 1,1% e Bradesco (BBDC4) subia 0,9%, contribuindo positivamente. BTG Pactual (BPAC11), que reporta balanço na terça-feira, antes da abertura, avançava 0,6%.
Iguatemi (IGTA3) valorizava-se 1,5%, com balanço do segundo trimestre agendado para o final do dia, em sessão positiva para outras empresas de shopping centers também. Multiplan (MULT3) avançava 2,2% e brMalls (BRML3) apurava elevação de 1,8%.
M. Dias Branco (MDIA3), que não está no Ibovespa, recuava 1,4%, após a fabricante de massas e biscoitos reportar queda no lucro do segundo trimestre, para 142,3 milhões de reais, embora tenha projetado um segundo semestre de vendas mais fortes, impulsionadas pelo aquecimento no consumo.
Viveo (VVEO3) disparava 8,7% em estreia na B3, após a distribuidora de produtos médicos precificar oferta inicial de ações (IPO) a 9,92 reais por papeis, que avaliou a empresa em 5,7 bilhões de reais. Na máxima até o momento, chegou a 22,98 reais. Na mínima, a 21,50 reais.
(Atualizada às 11h24)