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Ibovespa mostra fraqueza com notícias corporativas e cena político-fiscal do radar

26 ago 2020, 12:00 - atualizado em 26 ago 2020, 12:00
Ibovespa
Às 11:24, o Ibovespa  caía 0,36 %, a 101.746,74 pontos. O volume financeiro era de 5,3 bilhões de reais. (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

A bolsa paulista mostrava alguma fraqueza nesta quarta-feira, diante da ausência de grandes novidades no cenário internacional, com notícias corporativas repercutindo no pregão, enquanto agentes seguem monitorando a frente político-fiscal.

Às 11:24, o Ibovespa  caía 0,36 %, a 101.746,74 pontos. O volume financeiro era de 5,3 bilhões de reais.

Analise técnica da corretora Safra afirma que o Ibovespa insiste em permanecer na região de indefinição de curto prazo. Do lado da alta, enfrentará resistência em 103.250 pontos e, do lado da baixa, o índice encontrará suporte em 98.500 pontos.

No exterior, o clima é de expectativa para o discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, na reunião anual de Jackson Hole, na quinta-feira, principalmente sobre eventuais novas medidas para aquecer a economia dos EUA.

Em Nova York, o S&P 500 avançava 0,2%.

Pesquisa Reuters publicada nesta quarta-feira mostrou que o Ibovespa deve manter a recuperação nos próximos meses e fechar 2020 com pequena queda no acumulado do ano.

Destaques

Magazine Luiza (MGLU3) valorizava-se 2,85%, renovando cotação recorde intradia a 90,93 reais na máxima até o momento, após anunciar novo programa de recompra de até 10 milhões de ações, equivalentes a 1,49% dos papéis em circulação, com prazo de 18 meses. No setor, VIA VAREJO ON <VVAR3.SA> avançava 1,21% e B2W ON <BTOW3.SA> tinha acréscimo de 0,20%.

BRF (BRFS3) recuava 2,4%, com empresas de alimentos no Ibovespa predominantemente no vermelho, tendo no radar notícia da véspera de que a cooperativa Aurora Alimentos suspendeu voluntariamente as exportações de carnes de aves para a China de sua unidade de Xaxim (SC). No setor, Minerva (BEEF3) cedia 2,07%, JBS (JBSS3) caía 2,06% e Marfrig (MRFG3) perdia 1,63%.

Grupo NotreDame Intermédica (GNDI3) subia 2,24%, após anunciar acordo para a compra do Grupo Medisanitas Brasil, com o valor da transação fixado em 1 bilhão de reais. “Outro movimento de M&A transformacional e muito positivo”, afirmaram analistas do BTG Pactual. No setor de saúde,Hapvida (HAPV3) valorizava-se 1,36%.

Rumo (RAIL3) mostrava declínio de 3,28%, após ganhos na véspera, depois de levantar 6,4 bilhões de reais em oferta de ações, que serão destinados a pagamento de outorgas devidas em contratos de concessão da companhia, além de projetos estratégicos que foram impulsionados pela recente renovação antecipada da concessão da Rumo Malha Paulista S.A.

Qualicorp (QUAL3) caía 0,62%, após avançar mais de 4% nos primeiros negócios, tendo no radar alta no lucro do segundo trimestre beneficiado pela alienação de ativos, além de anúncio de programa de recompra de ações.

Para analistas da Mirae Asset, o resultado operacional frustrou mas o pior já passou e a empresa está pronta para recuperar a retomada de clientes e maior retenção de planos e melhora de margens.

Vale (VALE3)  subia 0,44%, na esteira da alta dos futuros do minério de ferro na China. O destaque no setor de mineração e siderurgia, contudo, era Gerdau (GGBR4), em alta de 2,61%, seguida por Usiminas (USIM5) avançando 0,61% e CSN (CSNA3)  valorizando-se 0,47%.

Petrobras (PETR4)e Petrobras (PETR3) caíam 0,87% 0,90%, respectivamente, apesar do acréscimo nos preços do petróleo no mercado externo.

BTG Pactual (BPAC11) avançava 0,89%, na contramão dos grandes bancos de varejo do Ibovespa, com Itaú Unibanco (ITUB4) recuando 0,82% e Bradesco (BBDC4) perdendo 0,8%.