Ibovespa mostra fraqueza após três altas seguidas; Copel sobe
A bolsa paulista mostrava fraqueza nesta sexta-feira, em sessão de ajustes antes do fim de semana após o Ibovespa fechar em alta nos três pregões anteriores, enquanto Copel chegou a saltar 6,7%após acionistas aprovarem reforma do estatuto, que pode resultar na venda de fatia do governo paranaense na elétrica.
Às 11:28, o Ibovespa caía 0,77%, a 113.919.84pontos. O volume financeiro somava 3,4 bilhões de reais.
Após acumular alta ao redor de 4% nos últimos três pregões, o Ibovespa agora mostra declínio de quase 1% na semana.
No exterior, o sinal negativo prevalecia entre os futuros acionários norte-americanos, conforme os rendimentos dos títulos norte-americanos voltaram a subir, contaminando o apetite a risco e afetando as ações brasileiras.
Na visão do estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, os mercados devem continuar contrabalançado neste ano sinais de recuperação econômica e no trato da pandemia com potencial super aquecimento da economia, com reflexo da inflação e eventual retirada antecipada da liquidez global.
Destaques
Copel (CPLE3; CPLE5; CPLE6) avançava 1,5%, afastando-se das máximas, após acionistas aprovarem novo estatuto, que prevê o desdobramento de ações da companhia, na proporção de 1 para 10 papéis, e a formação de Units, sendo cada Unit composta de 5 ações, uma delas ordinária e quatro preferenciais classe B.
O documento também prevê adesão ao Nível 2 de governança corporativa da B3. Esse movimento, no entanto, está condicionado à realização de uma oferta secundária de ações na qual o governo do Paraná venderia parte de sua fatia na elétrica.
B2W (BTOW3) recuava 2,9%, seguida pelas rivais Via Varejo (VVAR3), em baixa de 1,5%, e Magazine Luiza (MGLU3), caindo 1%.
O setor de varejo do Brasil abriu o ano com novo recuo, após queda histórica em dezembro, acusando os impactos das medidas de contenção do coronavírus que no último mês já foram endurecidas em várias cidades do país em meio à escaladas das mortes pela Covid-19.
Eztec (EZTC3) recuava 2,8%, também corrigindo forte valorização da véspera, com praticamente todas as ações do índice do setor imobiliário recuando nesta sessão. Analistas do Credit Suisse avaliam que as o mercado está com estimativas excessivamente negativas, enquanto a demanda deve continuar forte e os preços de imóveis continuam na trajetória de alta.
B3 (B3SA3) caía 2,4%, entre as maiores pressões de baixa, em meio a realização de lucros, após subir quase 7,5% nos últimos três pregões, pressionando o índice do setor financeiro, que recuava 1,3%. Entre os bancos, Itaú Unibanco (ITUB4) cedia 0,5% e Bradesco (BBDC4) perdia 1,2%.
Petrobras (PETR3; PETR4) cedia 0,8%, também experimentando uma trégua nas últimas altas, tendo de pano de fundo a fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo.
Vale (VALE3) recuava 0,7%, em sessão sem sinal único no setor de mineração e siderurgia, com Usiminas (USIM5) em alta de 2,4%, seguida por Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3).
A Vale anunciou que começou o comissionamento para aumento da produção de minério de ferro via processamento a úmido no site de Timbopeba, parte do Complexo Mariana (MG). O BNDES, por sua vez, divulgou que a venda de debêntures da Vale deve sair no segundo trimestre.