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Ibovespa renova recorde: ações da Bradespar e da Petrobras lideram ganhos

05 dez 2019, 12:22 - atualizado em 05 dez 2019, 12:25
Petrobras
Papéis preferenciais da estatal petrolífera registravam alta de 1,48% por volta das 12h20 (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

A bolsa paulista mantinha o viés positivo nesta quinta-feira, com o Ibovespa renovando máximas históricas, em movimento favorecido pelo viés benigno no exterior e apostas na retomada da economia brasileira.

Às 12:20, o Ibovespa subia 0,32 %, a 110.651,03 pontos. O volume financeiro somava 2,807 bilhões de reais.

“O ambiente externo segue ‘soprando ventos’ favoráveis ao risco nesta manhã, o que por sua vez alimenta apostas positivas com os ativos locais, especialmente com a Bovespa”, escreveu a equipe da H.Commcor em nota a clientes.

Em Washington, a assessora da Casa Branca disse que a expectativa é de que os Estados Unidos façam um bom acordo comercial com a China, mantendo o clima mais tranquilo em relação às negociações comerciais entre as duas economias.

No Brasil, permanecem as perspectivas mais positivas para o cenário econômico e de reformas, que têm dado relevante suporte ao avanço do Ibovespa, que já ultrapassa 25% em 2019.

O Credit Suisse avalia que as reformas no país devem seguir nos próximos dois anos, com aprovações de propostas combinadas com uma agenda mais amigável ao mercado corroborando inflação e juros baixos e expansão mais forte do PIB.

Destaques

Bradespar (BRAP4) subia 1,92%, após decisão judicial que julgou improcedente um pleito da Litel contra a companhia, na qual cobra 1,4 bilhão de reais paga pela Litel à Elétron, e que correspondeu a 50% da liquidação de uma sentença arbitral em litígio.

Itaú Unibanco (ITUB4) avançava 1,12%, com o setor bancário como um todo favorecido pelas perspectivas mais favoráveis para a economia, mas também tendo de pano de fundo o IPO da XP Inc, grupo no qual detém participação relevante, esperado para a próxima semana, que pode avaliar a XP em quase 14 bilhões de dólares.

BTG Pactual (BPAC11) caía 0,28%. Ainda no setor, Bradesco (BBDC4) ganhava 0,90%.

JBS (JBSS3) subia 0,88%, um dia após anunciar que planeja investir cerca de 8 bilhões de reais no Brasil nos próximos cinco anos, enquanto se prepara para atender o aumento da demanda por carne no país e no exterior.

No setor,  Marfrig (MRFG3) tinha alta de 0,91%. O Itaú BBA manteve recomendação neutra para a ação, mas elevou o preço-alvo a 12,5 reais. BRF (BRFS3) perdia 0,25%.

Magazine Luiza (MGLU3) subia 0,93% nesta sessão, após quatro queda seguidas, descolando do setor, enquanto Via Varejo (VVAR3) perdia 1,16% e B2W (BTOW3) caía 0,17%. Ainda no varejo, Lojas Americanas (LAME4) caía 0,99% e Lojas Renner (LREN3) recuava 1,36%.

BB Seguridade (BBSE3) avançava 0,55%. A XP Investimentos destacou positivamente o fato de a seguradora conseguir retomar a liderança em outubro, com uma captação líquida de 11,2 bilhões de reais, “especialmente considerando a agressividade do cenário competitivo no segmento”.

Braskem (BRKM5) mostrava declínio de 0,55%, em sessão de ajustes, após alta nos quatro pregões anteriores, período em que acumulou valorização de 4%.

Vale (VALE3) rondava estabilidade, em sessão de queda dos preços do minério de ferro na China.

CSN (CSNA3)declinava 0,08%, um dia após encontro com investidores em Nova York e tendo no radar estimativas sobre produção de aço no Brasil em 2020. Usiminas (USIM3USIM5USIM6) tinha estabilidade, com dados de produção de veículos também no pano de fundo. Gerdau (GGBR4) subia 0,41%.

Petrobras (PETR4) avançava 1,05%, ajudada pela alta dos preços do petróleo no exterior, em dia reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de países aliados, com expectativas de anúncio de aumento de cortes na produção da commodity.

Um painel ministerial de membros Opep + recomendou ampliar acordo para cortes de produção de petróleo em 500 mil barris por dia, disseram duas fontes à Reuters.