Ibovespa renova recorde: ações da Bradespar e da Petrobras lideram ganhos
A bolsa paulista mantinha o viés positivo nesta quinta-feira, com o Ibovespa renovando máximas históricas, em movimento favorecido pelo viés benigno no exterior e apostas na retomada da economia brasileira.
Às 12:20, o Ibovespa subia 0,32 %, a 110.651,03 pontos. O volume financeiro somava 2,807 bilhões de reais.
“O ambiente externo segue ‘soprando ventos’ favoráveis ao risco nesta manhã, o que por sua vez alimenta apostas positivas com os ativos locais, especialmente com a Bovespa”, escreveu a equipe da H.Commcor em nota a clientes.
Em Washington, a assessora da Casa Branca disse que a expectativa é de que os Estados Unidos façam um bom acordo comercial com a China, mantendo o clima mais tranquilo em relação às negociações comerciais entre as duas economias.
No Brasil, permanecem as perspectivas mais positivas para o cenário econômico e de reformas, que têm dado relevante suporte ao avanço do Ibovespa, que já ultrapassa 25% em 2019.
O Credit Suisse avalia que as reformas no país devem seguir nos próximos dois anos, com aprovações de propostas combinadas com uma agenda mais amigável ao mercado corroborando inflação e juros baixos e expansão mais forte do PIB.
Destaques
– Bradespar (BRAP4) subia 1,92%, após decisão judicial que julgou improcedente um pleito da Litel contra a companhia, na qual cobra 1,4 bilhão de reais paga pela Litel à Elétron, e que correspondeu a 50% da liquidação de uma sentença arbitral em litígio.
– Itaú Unibanco (ITUB4) avançava 1,12%, com o setor bancário como um todo favorecido pelas perspectivas mais favoráveis para a economia, mas também tendo de pano de fundo o IPO da XP Inc, grupo no qual detém participação relevante, esperado para a próxima semana, que pode avaliar a XP em quase 14 bilhões de dólares.
BTG Pactual (BPAC11) caía 0,28%. Ainda no setor, Bradesco (BBDC4) ganhava 0,90%.
– JBS (JBSS3) subia 0,88%, um dia após anunciar que planeja investir cerca de 8 bilhões de reais no Brasil nos próximos cinco anos, enquanto se prepara para atender o aumento da demanda por carne no país e no exterior.
No setor, Marfrig (MRFG3) tinha alta de 0,91%. O Itaú BBA manteve recomendação neutra para a ação, mas elevou o preço-alvo a 12,5 reais. BRF (BRFS3) perdia 0,25%.
– Magazine Luiza (MGLU3) subia 0,93% nesta sessão, após quatro queda seguidas, descolando do setor, enquanto Via Varejo (VVAR3) perdia 1,16% e B2W (BTOW3) caía 0,17%. Ainda no varejo, Lojas Americanas (LAME4) caía 0,99% e Lojas Renner (LREN3) recuava 1,36%.
– BB Seguridade (BBSE3) avançava 0,55%. A XP Investimentos destacou positivamente o fato de a seguradora conseguir retomar a liderança em outubro, com uma captação líquida de 11,2 bilhões de reais, “especialmente considerando a agressividade do cenário competitivo no segmento”.
– Braskem (BRKM5) mostrava declínio de 0,55%, em sessão de ajustes, após alta nos quatro pregões anteriores, período em que acumulou valorização de 4%.
– Vale (VALE3) rondava estabilidade, em sessão de queda dos preços do minério de ferro na China.
– CSN (CSNA3)declinava 0,08%, um dia após encontro com investidores em Nova York e tendo no radar estimativas sobre produção de aço no Brasil em 2020. Usiminas (USIM3; USIM5; USIM6) tinha estabilidade, com dados de produção de veículos também no pano de fundo. Gerdau (GGBR4) subia 0,41%.
– Petrobras (PETR4) avançava 1,05%, ajudada pela alta dos preços do petróleo no exterior, em dia reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de países aliados, com expectativas de anúncio de aumento de cortes na produção da commodity.
Um painel ministerial de membros Opep + recomendou ampliar acordo para cortes de produção de petróleo em 500 mil barris por dia, disseram duas fontes à Reuters.