Ibovespa mantém leve alta após acordo para PEC e atento à Ômicron; Magazine Luiza afunda
O principal índice brasileiro de ações mantinha-se levemente azul na tarde desta quarta-feira, ainda que com hesitações após quatro sessões consecutivas de alta.
Contribuíam para os ganhos a diminuição de receios com a Ômicron e o alívio no front fiscal com a decisão de líderes do Congresso de promulgar trechos da PEC dos Precatórios, enquanto as vendas no varejo abaixo do esperado limitavam ganhos.
Investidores também aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central para a Selic, e seu comunicado, no final do dia.
Economistas ouvidos pela Reuters projetam alta de 1,5 ponto percentual na Selic, para 9,25% ao ano.
Às 14h36, o Ibovespa subia 0,23%, a 107.808 pontos. O volume financeiro da sessão era de 15,2 bilhões de reais.
O índice já alternou alta mais forte com virada para o território negativo, em linha com a volatilidade também das bolsas norte-americanas, cujos principais índices operavam sem tendência única.
A informação dada por BioNTech e Pfizer de que três doses de suas vacinas geram um efeito neutralizante contra Ômicron, aliviava os mercados sobre os riscos da variante do coronavírus.
Por aqui, ações sensíveis a possíveis restrições de mobilidade, como as das aéreas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4), a da empresa de turismo CVC (CVCB3) e a da fabricante de aeronaves Embraer (EMBR3) subiam forte.
No entanto, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a disseminação global da variante sugere que ela pode ter um grande impacto na pandemia, e o momento de contê-la é agora.
A organização disse que a Ômicron foi relatada em 57 países.
Na cena local, um acordo dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para promulgar parte da PEC dos Precatórios aprovada pela duas Casas deve abrir cerca de 60 bilhões de reais de espaço fiscal.
Outros 40 bilhões de reais, que dependem dos trechos ainda sem acordo, vão para outra PEC a ser debatida semana que vem.
Em outra frente, o IBGE divulgou nesta manhã que as vendas no varejo em outubro caíram 0,1% ante setembro, retração não esperada por analisas em pesquisa Reuters.
Varejistas abriram em queda forte, mas reduziram ou reverteram movimento, exceção ao Magazine Luiza (MGLU3), que desabava 9,8%.