Ibovespa mantém forte alta; dólar, juros e títulos do Tesouro apresentam queda
Por Investing.com – Após um início com alta superior a 5% com o resultado do primeiro turno das eleições, o Ibovespa cedeu levemente no decorrer do dia, mas ainda mantém o forte desempenho positivo avançando 3,93% aos 85.557,80 pontos com as ações das estatais e empresas ligadas ao consumo puxando os principais ganhos do índice.
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Para Eduardo Guimarães, analista da Levante Ideias, a grande expectativa do mercado do impacto das eleições para as empresas estatais, que possuem grande dependência do Governo Federal.
“O resultado de ontem das eleições surpreendeu e foi diferente do que as pesquisas mostravam, com o candidato reformista forte e muito próximo de uma vitória no segundo turno”, explicou Guimarães, que completou. “No entanto, o fato de grande importância das eleições é que o partido PSL sai como uma potência no Congresso e com senadores eleitos nos principais colégios eleitorais do país, além de diversos governadores aliados”.
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Para a casa de análises, a situação favorece uma governabilidade do candidato Bolsonaro. Caso seja eleito no segundo turno, o plano de realizar um amplo programa de privatizações desenhado por sua equipe ganha forte apoio político no Congresso e no Senado.
Ações
Entre as ações que apresentam maior valorização, destaque para Petrobras (PETR4), com ganhos de 10,35% a R$ 26,44, ativo mais negociado no segmento nesta segunda-feira. Também merecem atenção as estatais elétricas Cemig (CMIG4) e Eletrobras (ELET3), com valorizações respectivas de 14,91% e 14,51%.
Confira outros destaques:
Gol (GOLL4) +14,35% Usiminas (USIM5) +9,88% Banco do Brasil (BBAS3) + 9,49% Bradesco (BBDC4) PN + 6,52% Santander (SANB11) + 6,33% Itaúsa (ITSA4) + 5,22% JBS (JBSS3) +2,77%/ B3 + 2,47%
Na ponta oposta, estão os ativos de empresas que dependem das exportações e perdem com a queda da moeda americana. Exemplos de Suzano (SUZB3) (-4,27), Fibria (FIBR3) (-1,77%), Vale (VALE3) (-1,72%), Klabin (KLBN11) (1,42%) e Gerdau (GGBR4) (-1,27%).
Câmbio e juros
O resultado das eleições faz também com que a cotação do dólar apresente forte queda de 2,20% a R$ 3,7559.
Movimento é também de desvalorização nos contratos de jurus futuros, com o contrato de maior liquidez, para janeiro de 2019, recuando 0,096 pontos base para 6,544%. O segundo em volume de negócios, para o primeiro mês de 2021, apresenta queda de 0,41 pontos para 8,94%. Já o papel de janeiro de 2020, a variação é de 0,33 pontos para um total de 7,89%.
No Tesouro Direto, as taxas dos títulos atrelados à inflação registram forte oscilação. Os títulos com vencimento em 2035 e 2045 eram oferecidos com rendimento de 5,52%, sendo que na tarde de sexta-feira era de 5,71%. Enquanto isso, os de 2024 são negociados a 5,30%, somados ao IPCA.
Entre os prefixados, o papel para 2025 é oferecido a 10,69% e com vencimento em 2021 a 8,83%. O título mais longo, com juros semestrais e vencimento em 2029, saia a 10,80%.