Ibovespa: Investidor local ‘chupa dedo’, enquanto gringo festeja; PF começa a reagir
O Ibovespa subiu como se não houvesse amanhã. O índice disparou 2,44% na semana e chegou a ultrapassar a máxima histórica na quinta-feira. Na sexta, investidores trataram de realizar um pouco de lucro, fechando em queda de 0,49%, mas bem longe de tirar o brilho do índice.
Mas até o momento, quem está aproveitando a festa mesmo é o investidor gringo. Entre os dias 07 de novembro e 13 de dezembro, o mercado de ações teve mais uma entrada de capital estrangeiro, somando R$ 1,9 bilhões no período.
Com esse movimento, o saldo de investimento estrangeiro no acumulado do ano já é superior a R$ 31 bilhões, maior nível de participação do ano, com uma entrada somente no mês de dezembro de R$ 4,1 bilhões, destaca o estrategista da Genial Investimentos, Filipe Villegas.
Por outro lado, os investidores locais retiraram R$ 1,5 bilhões, enquanto as pessoas físicas começam a reagir, com uma entrada pequena de R$ 720 milhões.
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Semana agitada e gatilho para Ibovespa
Por aqui, o grande destaque é a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada na terça-feira. O documento traz mais detalhes sobre a decisão do Banco Central de reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual. Com esse reajuste, os juros estão no patamar de 11,75% ao ano.
Em seu comunicado, a autoridade monetária destacou que novos cortes da mesma magnitude estão previstos para as próximas reuniões. No entanto, os dirigentes também aproveitaram para dar um puxão de orelha no governo em relação ao equilíbrio fiscal.
Dependendo do tom da ata do Banco Central, a Bolsa brasileira pode entrar de vez no rali de Natal.
Além disso, também tem decisão de juros no Japão, inflação na Europa, Confiança do Consumidor e Produto Interno Bruto (PIB) nos Estados Unidos e Reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) aqui no Brasil.
Ação dos ‘juros’ lideram
Ações ligadas aos juros lideram as altas na semana. MRV saltou 14%. De acordo com analistas da XP, MRVE3 está em tendência de alta no curto prazo e acima de R$ 11,32 projetaria de R$ 12,79 a R$ 15,17. Tem suportes em R$ 10,41 e R$ 9,67. O padrão de volume favorece a alta. O IFR sobrecomprado alerta realizações se perder R$ 10,41.
Outra ação que subiu bem, a B3 (B3SA3) está em tendência de alta no curto prazo e acima de R$ 15,13 projetaria de R$ 16,71 a R$ 19,27. Tem suportes em R$ 14,55 e R$ 13,75. O padrão de volume favorece a alta. O IFR sobrecomprado alerta realizações se perder R$ 14,55.
Com Juliana Américo