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Ibovespa interrompe série de quedas após IPCA-15 abaixo das previsões

27 abr 2022, 12:03 - atualizado em 27 abr 2022, 12:04
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Às 11:47 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 1,28%, a 109.592,67 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O principal índice da bolsa brasileira subia nesta quarta-feira, tentando se levantar após registrar sete baixas seguidas, a maior sequência negativa desde 2016, e diante de dado de inflação local abaixo do esperado.

Ações ligadas a commodities metálicas embalavam os ganhos, assim como papéis de varejistas, enquanto Hapvida e Itaú Unibanco estavam entre destaques de baixa.

A agenda corporativa é destaque, com expectativa por números do primeiro trimestre de dois pesos-pesados do índice. Vale anuncia balanço financeiro e a Petrobras publica relatório operacional, ambos após o fechamento do mercado.

Às 11:47 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 1,28%, a 109.592,67 pontos. O volume financeiro era de 8,2 bilhões de reais.

“O Ibovespa está subindo apoiado nas altas do setor de mineração e siderurgia”, disse Regis Chinchila, analista da Terra Investimentos. “O IPCA-15 saiu alto, mas abaixo das estimativas e ajuda algumas empresas de consumo a mostrarem uma recuperação”, acrescentou ele.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), tido como prévia da inflação oficial, subiu 1,73% em abril, ante projeção de alta de 1,85%, de pesquisa da Reuters com analistas. O número, porém, segue mostrando aceleração, já que o aumento em março havia sido de 0,95%.

O indicador vem uma semana antes de decisão de política monetária do Banco Central. A curva de juros precificava 98% de chance de alta de 1 ponto percentual na Selic, que subiria a 12,75% ao ano. A alta recente do dólar adiciona mais um fator a esses cálculos, já que o câmbio impacta a inflação.

Em Wall Street os principais índices operavam em leve queda. Resultados fortes de Microsoft e Visa, na sequência de intensas perdas, especialmente de papéis de tecnologia, davam algum suporte, enquanto a política monetária norte-americana, a guerra na Ucrânia e o avanço da Covid-19 na China seguiam no radar.

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Destaques

Vale (VALE3) ganhava 4,7%, antes de divulgar balanço financeiro e após o minério de ferro subir 2,6% na China, em meio a preocupações alimentadas pelo surto de Covid-19 no país.

O relatório operacional da mineradora divulgado na semana passada apontou queda nas vendas e na produção de minério de ferro no primeiro trimestre ante um ano antes, diante do efeitos de chuvas e atraso de licenças. Entre as siderúrgicas, CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) disparavam 6%.

WEG (WEGE3)subia 2,9%, após lucro líquido da companhia aumentar 23,5% no primeiro trimestre na comparação anual, em meio à elevação de margens de lucro e menores efeitos relacionados à crise na cadeia de suprimentos.

Via (VIIA3) aumentava 4%, Americanas (AMER3)crescia 2,2% e Magazine Luiza (MGLU3) tinha alta de 2,3%, diante do recuo firme nos principais contratos de juros futuros após IPCA-15 abaixo do esperado.

Santander (SANB11) caía 1% e  Itaú (ITUB4) recuava 0,5%, estendendo queda da véspera quando o balanço de Santander Brasil, o primeiro entre grandes da temporada, contaminou o desempenho dos papéis do setor.

Petrobras (PETR4) valorizava-se 0,2%, mesmo com queda leve no preço do petróleo. A estatal divulga relatório de produção e vendas do primeiro trimestre após o fechamento do mercado.

Os números financeiros saem em 5 de maio. 3R Petroleum (RRRP3) perdia 1,2% e PetroRio (PRIO3) crescia 0,3%.

Hapvida (HAPV3) caía 3,4%, quarta baixa em cinco sessões.

Neoenergia (NEOE3), que não está no Ibovespa, avançava 3,8%, após registrar aumento de 20% no lucro líquido do primeiro trimestre ante um ano antes.

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