Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) volta do feriado de olho na ‘Super Quarta’

02 maio 2023, 8:06 - atualizado em 02 maio 2023, 8:29
Ibovespa tem hoje primeiro pregão de maio, mas volta do feriado é em ritmo de espera pelo amanhã, quando acontece terceira Super Quarta do ano (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) tem hoje o primeiro pregão de maio, mas a volta do feriado ontem é em ritmo de espera pelo amanhã. A terceira Super Quarta do ano pode ser um divisor de águas para os mercados, que aguardam sinais do Federal Reserve e do Copom.  

Ainda mais após o resgate do First Republic Bank pelo J.P. Morgan. O fim de semana teve mais uma engenharia financeira que salvou o sistema bancário dos Estados Unidos. Porém, não se pode ignorar um aperto das condições de crédito no país, elevando os riscos de recessão.

Diante disso, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed inicia outra reunião após mais uma falência de um banco. O mesmo aconteceu no encontro de março. À época, o colapso do SVB ainda era um fato recente, que deixou Jerome Powell sem palavras.

A ver, então, o que o presidente do Fed tem a dizer desta vez. As expectativas são de que ele não sinalize uma pausa no ciclo de aperto, após elevar a taxa de juros para 5,25%. Em vez disso, Powell deve manter a porta aberta para fazer novos aumentos, se necessário.  

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ibovespa aguarda Copom, além do Fed

Junto com o Fed, o Copom decide sobre a taxa Selic, que deve seguir em 13,75%. Porém, o comunicado pode trazer novidades, sinalizando cortes em breve. Ainda mais diante da artimanha fiscal do governo federal para compensar qualquer medida de gasto com aumento de impostos.

Foi exatamente isso o que se viu no Dia do Trabalhador. Para celebrar a data, o presidente Lula anunciou o aumento do salário mínimo e a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda. Em contrapartida, haverá a taxação dos rendimentos no exterior de pessoas físicas residentes no Brasil, a partir do ano que vem.

Neste ambiente, os investidores se adequam ao viés mais “populista” do governo, que deixa claro que o novo arcabouço fiscal requer ajustes na arrecadação. Esses sinais deixam o Ibovespa mais volátil, com maior movimentação entre os setores, mesmo diante de um eventual alívio no dólar. A temporada de resultados também ganha ritmo na bolsa brasileira, aguçando o vaivém.   

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 8h:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,20%; o do S&P 500 tinha baixa de 0,14% e o Nasdaq oscilava com +0,05%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) subia 2,28% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale avançavam 0,35%, enquanto os da Petrobras tinham alta de 0,29%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,24%; a bolsa de Frankfurt recuava 0,22%, a de Paris cedia 0,44%, enquanto a de Londres oscilava em baixa de 0,02%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta de 0,12%, enquanto na China, a Bolsa de Hong Kong subiu 0,20%, mas a de Xangai permaneceu fechada devido ao feriado; 

Câmbio: o índice DXY subia 0,12%, 102.27 pontos; o euro caía 0,15%, a US$ 1,0959; a libra tinha baixa de 0,20%, a US$ 1,2472; o dólar oscilava com +0,04% ante o iene, a 137,53 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,542%, de 3,572% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,131%, de 4,143% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro subia 0,22%, a US$ 1.996,60 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 0,66%, a US$ 75,16 o barril; o do petróleo Brent tinha queda de 0,61%, a US$ 78,81 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) não teve negócios em Dalian (China), devido ao feriado.