Ibovespa (IBOV) tem semana de ajuste de expectativas; veja o que esperar
O Ibovespa (IBOV) inicia a semana tentando tirar proveito da calmaria nos mercados para reaver a marca dos 100 mil pontos. Lá fora, os investidores minimizam os riscos de uma crise bancária global e alimentam esperanças quanto ao fim do ciclo de aperto pelo Federal Reserve em maio, o que pode remover uma das maiores místicas daquele mês.
Por aqui, o adiamento da viagem do presidente Lula à China após recomendação médica desloca o foco para o arcabouço fiscal. A expectativa é de que ele retome as conversas sobre as novas regras que irão substituir o teto de gastos. O ministro Fernando Haddad (Fazenda) também cancelou a ida ao país asiático.
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Juntos, o Executivo também deve lidar com o recente conflito no Congresso, onde o racha entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, ameaça prejudicar a pauta de votações do governo. O pano de fundo seria a disputa por indicação de cargos e liberação de emendas parlamentares.
Ibovespa de olho na agenda
Enquanto monitora Brasília, os ativos de riscos também acompanham a agenda econômica da semana. O destaque fica com a ata da reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã. A aposta é de ajuste no tom, após o comunicado duro (“hawkish”) que acompanhou a decisão de manter a taxa Selic pela quinta vez.
No exterior, o destaque fica com a terceira e última estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos. O dado sai na quinta-feira. Na sexta-feira, é a vez do índice de preços preferido do Federal Reserve, o PCE.
Além disso, também saem os dados de renda pessoal e gastos com consumo. Juntos, esses indicadores devem ajustar as apostas numa pausa dos aumentos dos juros pelo Fed. Ou se ainda cabe uma nova alta de 0,25 ponto percentual (pp) na próxima Super Quarta deste ano, em maio.
Portanto, tanto aqui quanto lá fora será uma semana de ajustes de expectativas. Aliás, o momento para buscar maior clareza no cenário é oportuno. Afinal, março está chegando ao fim e, de quebra, o primeiro trimestre de 2023. Por ora, a indefinição em relação a tantos temas mantém os mercados mais sensíveis e voláteis.
Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h45:
EUA: o futuro do Dow Jones avançava 0,51%; o do S&P 500 subia 0,51% e o Nasdaq ganhava 0,27%;
NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale estavam estáveis, enquanto os da Petrobras subiam 1,44%
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 1,27%; a bolsa de Frankfurt crescia 1,31%, a de Paris ganhava 1,15% e a de Londres avançava 0,85%;
Ásia: o índice japonês Nikkei 255 subiu 0,33%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, recuou 1,75% e a Bolsa de Xangai teve queda de 0,44%;
Câmbio: o índice DXY oscilava com +0,01%, 103.13 pontos; o euro tinha +0,03%, a US$ 1,0764; a libra tinha alta de 0,19%, a US$ 1,2260; o dólar tinha alta de 0,61% ante o iene, a 131,51 ienes;
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,461%, de 3,376% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,926%, de 3,779% na mesma comparação;
Commodities: o futuro do ouro tinha queda de 1,51%, a US$ 1.953,90 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI avançava 1,11%, a US$ 70,03 o barril; o do petróleo Brent subia 1,05%, a US$ 75,37 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (maio) fechou em alta de 1,35% em Dalian (China), a 866,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes.