Ibovespa (IBOV) tem pregão hoje, pregão amanhã
O Ibovespa (IBOV) tem uma sessão extra nesta semana para buscar forças e garantir uma tendência firme de ganhos. Além do pregão nesta terça-feira (24), o dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, não é feriado na Faria Lima.
Porém, os investidores não têm conseguido pegar o embalo dos mercados globais. Lá fora, a aposta de redução no ritmo de alta dos juros pelo Federal Reserve combinada com a perspectiva de retomada econômica na China, alimenta o apetite por risco. Hoje, porém, os ativos amanhecem com um leve viés negativo.
Por aqui, os mercados continuam torcendo o nariz para tudo que vem do novo governo. Depois de digerir com dificuldades as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à autonomia do Banco Central e às metas de inflação, ontem foi a vez de reagir mal a novas declarações dele vindas da Argentina.
Ibovespa na corda-bamba
Antes mesmo da abertura oficial da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), hoje, os mercados domésticos já desaprovaram os balões de ensaio em torno do Mercosul. Isso vale tanto para a moeda comum quanto para um eventual financiamento do BNDES para as exportações brasileiras à Argentina.
Aos olhos do mercado, enquanto a discussão sobre a criação de uma moeda única parece mais uma distração – ou um “não problema” para resolver – a ajuda do banco de fomento remeteu à memórias o que o PT fez no passado. Mas, afinal, a CPI do BNDES do governo Bolsonaro encontrou alguma caixa-preta?
Seja como for, tudo isso assustou os investidores, que seguem no samba de uma nota só à espera de qual será a nova âncora fiscal do país. Há, portanto, uma falta de sintonia com os novos governantes em relação a temas econômicos.
Nesse descompasso, o Ibovespa não consegue nem acompanhar o ritmo no exterior, nem criar um arranjo solo. Por mal dos pecados, os sinais vindos de fora nesta manhã não dão uma direção clara para o dia e a bolsa brasileira tem um pregão extra nesta semana.
Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h40:
EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,19%; o do S&P 500 tinha queda de 0,23%; enquanto o Nasdaq cedia 0,35%;
NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) recuava 0,48% no pré-mercado; nos ADRs, o da Vale tinha leve baixa de 0,06%, enquanto o da Petrobras caía 0,94%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 0,28%; a bolsa de Frankfurt perdia 0,19%; enquanto a de Paris oscilava em alta de 0,06% e a de Londres caía 0,35%;
Câmbio: o índice DXY oscilava com -0,01%, a 102.13 pontos; o euro cedia 0,08%, a US$ 1,0863; a libra caía 0,53%, a US$ 1,2313; o dólar tinha queda de 0,39% ante o iene, a 130,15 ienes;
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,500%, de 3,512% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,223%, de 4,224% na mesma comparação;
Commodities: o futuro do ouro subia 0,47%, a US$ 1.937,70 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI oscilava com -0,04%, a US$ 81,59 o barril; o do petróleo Brent tinha -0,08%, a US$ 88,11 o barril.