Ibovespa (IBOV) tem leve queda com tensões geopolíticas na Ucrânia e Cielo (CIEL3) dispara

O principal índice da bolsa brasileira caía na tarde desta sexta-feira, em nova sessão de aversão ao risco global por causa de elevadas tensões geopolíticas na Ucrânia.

O setor financeiro avançava, impedindo uma queda maior do índice, enquanto Rumo (RAIL3) desabava após resultados trimestrais. A Petrobras (PETR4), que caía forte mais cedo, passou a operar sem direção clara, com melhora das cotações do petróleo.

A sessão é de vencimento de opções sobre ações.

Às 15:50, o Ibovespa (IBOV) caía 0,22% o, a 113.276,92 pontos, caminhando para encerrar a sua primeira semana em queda depois de cinco altas seguidas. O volume da sessão era de 15,7 bilhões de reais.

“É um movimento global de queda dos mercados acionários, porque os investidores estão com certa cautela em torno do noticiário diplomático que envolve Rússia e Ucrânia”, disse Camila Abdelmalack, economista-chefe na Veedha Investimentos.

O anúncio por separatistas apoiados pela Rússia de uma súbita retirada das regiões que ocupam no leste da Ucrânia voltou a azedar o humor dos mercados.

A notícia veio depois de a região presenciar o que algumas fontes descreveram como o mais intenso bombardeio de artilharia em anos na região, com o governo ucraniano e os separatistas se acusando mutuamente.

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Países ocidentais têm afirmado que a Rússia pode usar o embate como pretexto para uma invasão do país.

A Rússia nega planejar um ataque e concordou em abrigar aqueles que deixarem a região.

Os principais índices de ações de Wall Street caíam, com o Nasdaq cedendo 1,4%.

Os mercados ficaram à mercê nas últimas sessões de uma montanha-russa de informações sobre as tensões na Ucrânia.

Mais cedo, a confirmação de um encontro na semana que vem entre autoridades dos Estados Unidos e da Rússia deu algum alívio aos ativos de risco.

Na cena local, com a agenda de dados macroeconômicos esvaziada, o destaque é o noticiário corporativo.

As ações da Cielo  (CIEL3) disparavam 13,9%, após a empresa acertar a venda de sua participação na norte-americana Merchant e-Solutions para uma unidade da Integrum Holdings por até 290 milhões de dólares.

Do outro lado, os papéis da Rumo afundavam 6,2%, após a quebra da safrinha do milho reduzir o volume transportado pela companhia e levá-la a um prejuízo de 384 milhões de reais no quarto trimestre.

A empresa, que faz parte do grupo Cosan (CSAN3), também divulgou estimativa de crescimento de Ebitda em 2022 abaixo do esperado pelo mercado.

Já a Cosan cedia 5,2%, na esteira dos resultados da Rumo e antes de divulgar seu próprio balanço nesta noite.