Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV): semana promete causar barulho nos mercados; confira o que vem por aí 

27 fev 2023, 7:48 - atualizado em 27 fev 2023, 7:48
Ibovespa deve ter semana que promete causar barulho, em meio à agenda repleta de destaques e ruídos vindos de Brasília (Arte: Money Times)

O Ibovespa (IBOV) deve ter uma semana que promete causar barulho nos mercados financeiros. Afinal, a agenda que marca a virada do mês está repleta de destaques. Entre eles, os resultados da Petrobras (PETR3; PETR4), na noite de quarta-feira (1º). 

No dia seguinte, logo cedo, saem os números do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Já nesta segunda-feira (27), o IRB (IRBR3) publica o balanço do quarto trimestre de 2022, após o fechamento do pregão local. Os detalhes da agenda da semana estão aqui

Além disso, os mercados seguem vulneráveis às variações sobre os mesmos temas. Lá fora, a narrativa sobre “juros altos por mais tempo” domina a dinâmica dos ativos de risco. Os sinais de desaceleração da inflação nos Estados Unidos em ritmo mais lento que o desejado desfazem as apostas de fim do aperto pelo Federal Reserve em breve.

Algo parecido também acontece na Europa. Já no Brasil, alguns temas merecem atenção. Afinal, fevereiro acaba dando fim também à desoneração de impostos sobre a gasolina e o etanol e ao mandato de Bruno Serra e Paulo Souza no Banco Central. E ainda não se sabe o que esperar sobre esses assuntos em março.

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Ibovespa entre cautela e volatilidade

O presidente Lula deve decidir até amanhã (28) quem irá ocupar as duas vagas na diretoria do BC. Além disso, ele reúne-se hoje, às 10h, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, na busca por uma solução sobre a política de preços dos combustíveis

Com isso, os ruídos vindos de Brasília sobre esses assuntos devem provocar volatilidade no Ibovespa. O dólar e os juros futuros também devem sentir a pressão. Isso porque ambas as questões tornaram-se nova queda de braço entre as alas políticas e econômica do governo, em meio à ausência de um novo arcabouço fiscal

Em meio a várias variáveis tanto no cenário internacional quanto na cena local, os investidores devem adotar uma postura mais cautelosa e negativa. Até porque a recuperação de preços observada em janeiro ainda não se desfez totalmente em fevereiro. E, como se diz no Brasil com o fim do carnaval, o ano está apenas começando.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h40:

EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,41%; o do S&P 500 avançava 0,45% e o Nasdaq subia 0,57%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale também não abriram negócios, enquanto os da Petrobras caíam 0,18%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 1,09%; a bolsa de Frankfurt avançava 1,51%; a de Paris subia 1,56% e a de Londres ganhava 0,80%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em queda de 0,11%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, caiu pela quinta sessão seguida, em -0,33%; e a Bolsa de Xangai recuou 0,28%;

Câmbio: o índice DXY tinha leve baixa de 0,05%, 105.16 pontos; o euro tinha alta de 0,14%, a US$ 1,0562; a libra avançava 0,31%, a US$ 1,1979; o dólar oscilava em baixa de 0,04% ante o iene, a 136,40 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,973%, de 3,953% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,853%, de 4,803% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha baixa de 0,07%, a US$ 1.815,90 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 0,13%, a US$ 76,22 o barril; o do petróleo Brent recuava 0,24%, a US$ 82,61 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (maio) fechou em baixa de 1,43% em Dalian (China), a 895,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes.