Ibovespa (IBOV) rumo ao oitavo pregão consecutivo de altas; o que esperar do mercado
Do lixo ao luxo. É assim que o Ibovespa (IBOV) pode ser descrito nesses últimos 10 dias. O principal índice da bolsa brasileira deixou o patamar de 125.270 ponto para chegar aos gloriosos 133.318 pontos — são mais de oito mil pontos em sete pregões.
Agora, o mercado fica na expectativa: será que o Ibov segue rumo ao oitavo pregão de ganhos? E o mais importante, será que ele supera a sua máxima histórica de 134.193 pontos, atingida em 27 de dezembro de 2023?
O bom momento da bolsa brasileira é resultado de um alívio no sentimento do risco global. A visão de que os Estados Unidos estariam a beira de uma recessão diminuiu conforme os dados mostram um movimento de desinflação. Com isso, o início do afrouxamento monetário do Federal Reserve está cada vez mais perto.
Ontem, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% na base mensal, mas desacelerou para 2,9% na anual. O que divide o mercado agora é o tamanho do corte de juros em setembro. O monitor CME FedWatch, mostra que as apostas de um corte de 0,25 ponto percentual aumentaram, ante aqueles que projetavam um reajuste mais robusto, de 0,50 pp.
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Além disso, as tensões no Oriente Médio não diminuíram, mas estão um pouco mais estáveis, enquanto o Irã não ataca Israel, em represália às mortes de alto comandante do Hezbollah e do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh.
Para hoje, o mercado fica por conta da agenda internacional, enquanto os investidores repercutem os últimos resultados divulgados na temporada de balanços do segundo trimestre do ano (2T24).
O que esperar de Wall Street
Lá fora, a atenção está voltada para a divulgação das vendas no varejo dos EUA, que pode refletir uma brusca desaceleração e também pelos vários choques que o setor enfrentou no último mês.
De acordo com o BTG Pactual, surpresas podem voltar a acontecer nesse indicador, que é referência para medir a demanda por bens duráveis no país, projetando um crescimento nominal de 0,4% no indicador de varejo na base mensal e de 0,2% para o núcleo.
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Além disso, dados positivos vindos da China ajudaram as bolsas asiáticas. A produção industrial chinesa teve alta anualizada de 5,1% em julho (abaixo da previsão de 5,5%), enquanto as vendas no varejo subiram 2,7% (acima da estimativa de 2,6%).
Já na Europa, a leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido avançou 0,9% na comparação anual do segundo trimestre, acima da previsão de 0,6%.
As bolsas internacionais operam mistas, enquanto os futuros de Wall Street avançam.
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quinta-feira (15)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: +0,78%
- Hong Kong/Hang Seng: -0,02%
- China/Xangai: +0,94%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: -0,02%
- Frankfurt/DAX: +0,23%
- Paris/CAC 40: -0,16%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: +0,25%
- S&P 500: +0,16%
- Dow Jones: +0,23%
Commodities
- Petróleo/Brent: +0,69%, a US$ 80,31 o barril
- Petróleo/WTI: +0,68%, a US$ 77,50 o barril
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): -4,41%, a US$ 58.423
- Ethereum (ETH): -3,62%, a US$ 2.623
Boa quinta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!