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Ibovespa (IBOV) recua nesta quinta (16), acompanhando futuros em NY

16 fev 2023, 10:13 - atualizado em 16 fev 2023, 10:13
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Pregão do Ibovespa conta com uma agenda econômica doméstica esvaziada (Imagem: Bloomberg)

O Ibovespa (IBOV) opera em queda nesta quinta-feira (16), depois de fechar em alta de 1,62% no último pregão. Por volta das 10h10, o índice tinha recuo de 0,37%, aos 109.191 pontos. No mesmo horário, os futuros de Nova York também operavam no vermelho.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne, hoje, pela primeira vez no ano em meio a um cabo de guerra entre o presidente Luís Inácio Lula da Silva e o Banco Centralnovela que foi acompanhada de perto pelos investidores.

Na véspera, o sinal verde dos “tubarões” do mercado em relação à mudança nas metas de inflação, combinado com a decisão do governo de adiantar para março a entrega do projeto da nova âncora fiscal, garantiu fortes ganhos no Ibovespa.

Mas, ao contrário do que se esperava nos últimos dias, o ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou que o tema metas de inflação não deve ser abordado hoje.

Outro fator que ganha repercussão no Ibovespa é a sinalização de Haddad de que o governo antecipará a apresentação do novo arcabouço fiscal de abril para março, apontam analistas do BB Investimentos.

O posicionamento reforça a fala de Roberto Campos Neto, de que há convergência nas avaliações da pasta e da autoridade monetária sobre a política fiscal e monetária.

O pregão do Ibovespa ainda conta com uma agenda econômica doméstica esvaziada, o destaque fica para o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que registrou expansão de 2,9% em 2022, em números observados.

Enquanto isso, os mercados domésticos seguem vulneráveis ao ambiente internacional. Os investidores digerem os recentes dados americanos, enquanto aguardam pelo índice de preços ao produtor (PPI) e os pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA.

Lá fora, ganha força o discurso de “juros mais altos por mais tempo” (higher for longer). Até porque o Federal Reserve segue firme na missão de trazer a inflação nos Estados Unidos de volta à meta no longo prazo de 2%.

*Com Juliana Américo e Olívia Bulla

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