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Ibovespa (IBOV) recua com apreensão sobre desaceleração global

01 set 2022, 14:01 - atualizado em 01 set 2022, 14:01
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Agentes financeiros também estão na expectativa da divulgação do relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) recuava nesta quinta-feira (1º), sucumbindo ao exterior negativo, que ofuscava o crescimento acima do esperado da economia brasileira no segundo trimestre.

Por volta das 14h, o principal índice da Bolsa brasileira caía 0,8%, aos 108,6 mil pontos.

Na máxima, o Ibovespa chegou a subir 0,5%, a 110.063,39 pontos, quando prevaleceu a repercussão do PIB brasileiro, que cresceu 1,2%, acima da expectativa de expansão de 0,9% em pesquisa Reuters.

“A economia teve um desempenho surpreendentemente bom durante o primeiro semestre de 2022, apesar do aperto significativo das condições financeiras e da aceleração da inflação”, afirmou o Goldman Sachs, em relatório a clientes.

Após os dados, Alberto Ramos, diretor do grupo de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs, revisou sua previsão para o PIB no ano e agora estima crescimento de 2,9%, em relação a 2,2% previsto antes. Para 2023, ainda prevê uma expansão de apenas 1%.

A piora na Bolsa seguiu a abertura dos pregões em Nova York, onde o S&P 500 agora recuava 1,1%, sem trégua nos receios com o ritmo das economias norte-americana e global, com pesquisas sobre a atividade industrial no radar.

Agentes financeiros também estão na expectativa da divulgação do relatório sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos previsto para a sexta-feira.

Na visão do Departamento de Economia do Bradesco, chefiado por Fernando Honorato Barbosa, uma eventual surpresa para cima nos dados de agosto poderia justificar uma elevação na taxa de juros mais intensa que o esperado pelo Federal Reserve.

“Investidores seguem cautelosos com a condução de política monetária pelo Fed”, observou em relatório a clientes.

*Com informações da Reuters