Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) quer manter ritmo forte em junho e busca ajuda externa

02 jun 2023, 8:01 - atualizado em 02 jun 2023, 8:26
Ibovespa inicia junho em grande estilo e deve dar continuidade hoje ao ritmo forte da véspera (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) iniciou junho em grande estilo, voltando ao patamar dos 110 mil pontos, e deve dar continuidade hoje (2) ao ritmo forte da véspera. A bolsa brasileira tenta manter o ímpeto observado em maio, quando subiu quase 4%.  

Por ora, a renda variável tem se beneficiado da perspectiva de cortes na taxa Selic em breve, o que impulsiona as ações cíclicas locais. No entanto, qualquer fôlego extra nos mercados domésticos vai depender do Federal Reserve

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Payroll define o dia

Daí então a importância dos números do payroll nesta sexta-feira (9h30). Os investidores vão acompanhar de perto o relatório de emprego nos Estados Unidos em busca de pistas sobre o que o Fed pode fazer na reunião deste mês – e depois.    

De um lado, o mercado de trabalho norte-americano continua apertado. De outro, os indicadores de atividade sugerem uma desaceleração do crescimento, em meio aos sinais de arrefecimento da inflação.

Com isso, a dúvida é se o aumento de vagas de emprego nos EUA deixa em aberto uma nova alta em julho. Tanto que as apostas para o próximo mês estão divididas. Já uma dose adicional de 0,25 ponto percentual (pp) em meados de junho é praticamente certa. 

Assim, uma leitura do payroll que agrade os mercados globais somado ao avanço das discussões do teto da dívida dos EUA no Senado podem impulsionar os ativos de risco ao longo do dia. Porém, o oposto também é verdadeiro.

Ibovespa recebe ajuda da China

Além disso, sinais de que a China pode lançar estímulos adicionais ao setor imobiliário após dados econômicos mais fracos impulsionou as construtoras. De quebra, a Bolsa de Hong Kong disparou 4%, enquanto o minério de ferro saltou quase 3% em Dalian. 

Se confirmada, a notícia pode ajudar as ações ligadas às commodities, que vinham perdendo atratividade. Assim, as medidas chinesas podem provocar uma segunda pernada de alta do Ibovespa, com as cíclicas globais deixando de ser um peso na bolsa brasileira.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,52%; o do S&P 500 avançava 0,51% e o do Nasdaq ganhava 0,50%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) subia 0,54% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Petrobras subiam 1,17%, enquanto os da Vale disparavam 3,53%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 1,02%; a bolsa de Frankfurt tinha alta de 1,17%, a de Paris crescia 1,28% e a de Londres avançava 1,00%;

Ásia: a Bolsa de Tóquio fechou em alta de 1,21%; na China, a Bolsa de Xangai ganhou 0,79%, enquanto a de Hong Kong disparou 4,02%;

Câmbio: o índice DXY tinha baixa de 0,13%, 103.42 pontos; o euro subia 0,08%, a US$ 1,0773; a libra tinha alta de 0,03%, a US$ 1,2531; o dólar tinha +0,06% ante o iene, a 138,88 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,620%, de 3,600% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,349%, 4,337% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha alta de 0,10%, a US$ 1.997,40 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 1,37%, a US$ 71,06 o barril; o do petróleo Brent ganhava 1,33%, a US$ 75,27 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em alta de 2,55% em Dalian, a 743 yuans (após ajustes).