Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV): Queda de braço entre BC e governo tem nova rodada com IPCA hoje

11 abr 2023, 7:53 - atualizado em 11 abr 2023, 8:07
Ibovespa reage ao IPCA, que deve mostrar inflação de volta à meta, reforçando argumentos por cortes na Selic (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) deve ter mais um pregão alheio aos mercados globais nesta terça-feira (11), embora os ativos de risco amanheçam com um leve tom positivo lá fora. Ontem a bolsa brasileira teve alta firme, apesar de Nova York no vermelho, em meio à expectativa pela chegada da proposta do novo arcabouço fiscal no Congresso ainda nesta semana. 

Hoje novos fatores internos devem influenciar o Ibovespa para cima; e o dólar, para baixo. Isso porque o dia deve ser definido pelo IPCA. O resultado da inflação oficial em março deve renovar as esperanças de cortes na taxa Selic em breve. Afinal, o índice de preços ao consumidor brasileiro deve acumular alta inferior a 5% em 12 meses.    

Além de alcançar a menor variação para o período desde janeiro de 2021, o resultado acumulado também significa que a inflação voltará a ficar dentro da meta. Ainda que colada ao teto, de 4,75%, trata-se de algo que o Banco Central não vê há algum tempo. Com isso, a queda de braço entre BC e governo federal ganha uma nova rodada.

No caso, os números, se confirmados, tendem a reforçar os argumentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da necessidade de queda do juro básico. Aliás, ontem, em discurso pelos primeiros 100 dias de mandato, ele voltou a criticar o patamar atual de 13,75%, dizendo que é muito alto. De fato, a Selic está no maior nível desde janeiro de 2017. 

Hoje, porém, Lula deve permanecer calado. O presidente está em deslocamento em direção à China, onde deve cumprir uma visita oficial de dois dias, visando fortalecer as relações com o país. A comitiva também conta com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Portanto, com o Executivo fora do país, a bola agora é com o Congresso e o BC. 

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h45:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha leve alta de 0,10%; o do S&P 500 subia 0,19% e o Nasdaq avançava 0,24%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) avançava 0,84% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale subiam 0,65%, enquanto os da Petrobras ganhavam 0,83%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,51%; a bolsa de Frankfurt crescia 0,53%, a de Paris ganhava 0,93% e a de Londres subia 0,37%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta de 1,05%, enquanto na China, Hong Kong cresceu 0,76%, mas Xangai teve leve baixa de 0,05%;

Câmbio: o índice DXY caía 0,42%, 102.15 pontos; o euro subia 0,54%, a US$ 1,0920; a libra avançava 0,52%, a US$ 1,2449; o dólar caía 0,43% ante o iene, a 133,04 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,391%, de 3,417% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,966%, de 4,016% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro subia 0,72%, a US$ 2.018,20 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 0,33%, a US$ 79,48 o barril; o do petróleo Brent cedia 0,36%, a US$ 83,89 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em leve baixa de 0,06% em Dalian (China), a 786 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar