Ibovespa (IBOV) sustenta os 127 mil pontos pelo 5º pregão à espera de pacote fiscal; 5 coisas para saber ao investir hoje (14)
Na véspera de feriado nacional, o Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (14) em queda. A bolsa brasileira mantém o nível dos 127 mil pontos pelo quinto pregão consecutiva, enquanto os investidores aguardam o anúncio do pacote fiscal.
O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,18%, a 127.500,80 pontos, por volta de 10h08.
O dólar à vista iniciou a sessão em alta a R$ 5,8068. Desde então, a divisa norte-americana segue acima de R$ 5,80 ante o real — com a continuidade do “Trump Trade”.
Day Trade:
- Embraer (EMBR3), Gerdau (GGBR4) e mais 3 ações para comprar nesta quinta (14)
- Raízen (RAIZ4), Itaú (ITUB4) e outras ações para vender hoje (14) e buscar retornos de até 6,8%
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta (14)
Atividade econômica no Brasil
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de 0,80% em setembro na comparação com o mês anterior, segundo dados dessazonalizados divulgados pelo Banco Central.
O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,50%, e com isso o índice fechou o terceiro trimestre com crescimento de 1,1%.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 5,1%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 3,0%, de acordo com números observados.
Corte de gastos ficou para depois
O pacote fiscal, amplamente esperado pelo mercado, deve indicar o corte de R$ 70 bilhões nos gastos públicos nos próximos dois anos,, com R$ 30 bilhões previstos para 2025 e o restante para 2026.
Segundo a Veja, o Ministério da Fazenda apresentou a proposta ao Congresso, em uma rodada de reuniões do ministro Fernando Haddad e os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
O Ministério da Fazenda também deve ser incluído no ajuste a partir de 2026, pois as mudanças no orçamento das Forças Armadas exigem um Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para a aprovação.
“Mesmo com a demora, os últimos sinais foram positivos. Haddad praticamente confirmou que os reajustes do salário mínimo e dos benefícios sociais seguirão as diretrizes do arcabouço fiscal, limitando o crescimento dos gastos a 2,5% acima da inflação. Esse ajuste tornaria o arcabouço mais viável e sustentável a longo prazo, e os detalhes do plano serão cruciais para avaliar a viabilidade e a eficácia das medidas”, afirma Matheus Spiess, analista da Empiricus.
A expectativa agora é que o anúncio oficial do pacote de cortes nos gastos seja apresentado após o G20, principalmente após as explosões e morte na Praça dos Três Poderes ontem (13) à noite.
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Minério de ferro cai forte
Nesta quinta-feira (14), os preços futuros do minério de ferro caíram para uma mínima de três semanas, com a oferta do principal ingrediente de fabricação de aço permanecendo firme em meio a uma perspectiva mais fraca do mercado de aço, embora as novas medidas de estímulo da China para o setor imobiliário local tenham limitado as perdas.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 1,37%, a 756,0 yuans (US$ 104,38) a tonelada. No início do dia, o contrato atingiu seu nível mais fraco desde 24 de outubro, em 751,5 yuans,
A forte queda deve repercutir no desempenho das companhias ligadas a commodity na bolsa brasileira, entre elas a Vale (VALE3) — que tem operado no vermelho desde a semana passada.
Todos os olhos sobre a Azul (AZUL4)
A Azul (AZUL4) atualizou seus resultados esperados para 2024 e apresentou as perspectivas para 2025.
Para 2024, a companhia aérea reduziu suas perspectivas de ASK Total (Assentos-Quilômetros Oferecidos, em português) de +7% para +6%, ante 2023.
Segundo a empresa, o ajuste no crescimento da capacidade ano a ano deve-se principalmente à redução na capacidade doméstica como resultado das enchentes no Rio Grande do Sul, à redução temporária na capacidade internacional no primeiro semestre do ano e aos atrasos dos fabricantes nas entregas de novas aeronaves.
A Azul também divulgou prejuízo líquido ajustado de R$ 203 milhões no terceiro trimestre, uma queda ante o prejuízo de R$ 856 milhões no mesmo período de 2023.
Uma ‘enxurrada’ de balanços corporativos
A noite da quarta-feira (13) foi marcada por um enxurrada de balanços corporativos — na reta final da temporada de resultados do terceiro trimestre.
Entre os principais estão:
- Banco do Brasil (BBAS3) teve lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões, alta de 8,3% ante o mesmo período do ano passado. O número ficou acima da expectativa da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 9,3 bilhões;
- Americanas (AMER3), em recuperação judicial, reportou lucro líquido de R$ 10,3 bilhões, uma reversão do prejuízo de R$ 1,63 bilhão no mesmo período de 2023, número este reapresentado pela varejista no balanço;
- Brava Energia (BRAV3) reportou lucro de R$ 498,3 milhões ante prejuízo de R$ 349,9 milhões no mesmo período do ano anterior;
- Casas Bahia (BHIA3) registrou prejuízo de R$ 369 milhões, melhora de 56% em relação ao mesmo período do ano passado;
- Nubank (ROXO34) apurou lucro líquido de US$ 553 milhões, disparada de 107% ante mesmo período do ano passado. Analistas consultados em pesquisa da LSEG esperavam US$ 559 milhões;
- JBS (JBSS3) conseguiu multiplicar por seis seu lucro líquido, passando dos R$ 690,6 milhões do terceiro trimestre de 2023 para R$ 4,2 bilhões em 2024.
* Com informações de Reuters