Ibovespa (IBOV): Por que a semana promete ser intensa nos mercados?
O Ibovespa (IBOV) inicia nesta segunda-feira (30) uma semana que promete ser intensa nos mercados. O destaque fica com a “Super Quarta”, quando acontece o primeiro “Fompom” do ano.
Neste dia, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve e o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciam suas respectivas taxas de juros em um intervalo de poucas horas. Será o primeiro encontro concomitante de 2023, de um total de seis.
Além disso, em fevereiro, depois da “Super Quarta”, vem a “Super Quinta”. Neste dia, os bancos centrais da Inglaterra (BoE) e da zona do euro (BCE) também se reúnem e anunciam suas decisões quase que de maneira sucessiva.
Portanto, a semana que marca a virada do mês reserva nada menos do que quatro decisões de BCs. Cada um vive um momento distinto no atual ciclo de política monetária.
Enquanto BCE e BoE devem manter o aperto à dose de 0,50 ponto percentual, a expectativa é de que o Fed reduza o ritmo para 0,25 pp. Já para o Copom, o foco se desloca para o teor do comunicado.
Qualquer surpresa tem forças para influenciar na dinâmica dos mercados. Ainda mais em meio aos ajustes de fim de mês nas carteiras. E isso é apenas um dos destaques!
Semana intensa de indicadores
A China voltou hoje da longa pausa pelo feriadão do ano novo lunar de número 4.721, regido pelo Coelho de Água. Porém, as bolsas asiáticas iniciaram a semana no contrapé: Hong Kong caiu quase 3%, enquanto Xangai e Tóquio ficaram de lado, com leve viés positivo.
No fim do dia, a China volta à cena para anunciar dados sobre a atividade. Os índices dos gerentes de compras (PMIs) dos setores industrial e de serviços serão importantes para aferir o ritmo da reabertura econômica desde o fim da política de Covid Zero.
Aliás, ao longo da semana, outros indicadores de atividade também serão conhecidos. Entre os destaques, estão o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, amanhã. No Brasil e nos Estados Unidos, além do PMI, tem também os dados do IBGE sobre a produção industrial, na sexta-feira, e os índices ISM industrial (quarta-feira) e de serviços (sexta-feira).
Esses números norte-americanos dividem a atenção com o relatório de emprego nos EUA (payroll), na sexta-feira. Combinados, os eventos e indicadores econômicos podem dar pistas sobre os próximos passos do Fed, em meio aos riscos de recessão.
Além disso, começa a temporada de resultados dos bancos brasileiros, com o Santander (SANB11), na quinta-feira. Mais do que os números do quarto trimestre do ano passado, o foco estará no impacto no balanço das perdas com a Americanas. O banco espanhol está entre um dos maiores credores da varejista.
Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 8h10:
EUA: o futuro do Dow Jones recuava 0,60%; o do S&P 500 caía 0,88%; enquanto o Nasdaq recuava 1,25%;
NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) recuava 1,07% no pré-mercado; nos ADRs, o da Vale cediam 0,43%, enquanto o da Petrobras tinha baixa de 0,18%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 cedia 0,54%; a bolsa de Frankfurt caía 0,69%; a de Paris recuava 0,62% e a de Londres tinha leve baixa de 0,08%;
Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta de 0,19%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, recuou 2,73%; a Bolsa de Xangai teve ligeiro ganho de 0,14%;
Câmbio: o índice DXY cedia 0,23%, a 101.69 pontos; o euro tinha alta de 0,35%, a US$ 1,0909; a libra oscilava com +0,03%, a US$ 1,2400; o dólar subia 0,15% ante o iene, a 130,03 ienes;
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,548%, de 3,512% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,240%, de 4,199% na mesma comparação;
Commodities: o futuro do ouro oscilava em alta de 0,04%, a US$ 1.930,20 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 0,15%, a US$ 79,80 o barril; o do petróleo Brent avançava 0,20%, a US$ 86,54 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (maio) fechou em alta de 2,45% em Dalian (China), a 877,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes.