Ibovespa (IBOV) pode sonhar com os 110 mil pontos?
O Ibovespa (IBOV) tem forças suficientes para voltar ao patamar dos 110 mil pontos, afirmam os analistas. O índice encontra resistência em 110,2 mil pontos e, na sequência, 114,5 mil pontos, dizem.
A Bolsa está em sequência de altas desde 4 de maio, interrompida apenas pela queda de 0,77% no pregão do dia 16 – e acumula valorização de cerca de 8% no período. Nesta quarta, o índice avançou 1%, aos 109,4 mil pontos.
A última vez que a principal referência da B3 atingiu os 110 mil pontos foi em 1 de fevereiro de 2023. No ano, a mínima do Ibovespa foi de 96,9 mil pontos e a máxima de 114,8 mil pontos.
O analista da Benndorf, Victor Benndorf, explica que os principais catalizadores para o Ibovespa são as commodities e os mercados externos, que seguem “travados”.
Para o analista da Ativa Investimentos, Pedro Serra, alta do índice da B3 no curto prazo está associada à mudança de percepção de risco no Brasil.
“O mercado estava muito pessimista, mas a última Ata do Copom, ‘mais educada’, afastou as chances de aumento da taxa de juros”, diz.
Serra também afirma que a combinação entre o valuation barato da Bolsa brasileira e os resultados das empresas, no geral, em linha com as expectativas abriram uma oportunidade de melhora para o Ibovespa.
“A tendência de melhora de humor do mercado deve continuar por mais algum tempo”, ressalta.
O que esperar do Ibovespa no ano
A atual sequência de altas do Ibovespa não deve ter muito mais fôlego, afirma o analista da Ativa. De acordo com Serra, a valorização deve durar apenas mais alguns meses para depois “ficar mais de lado”, diz.
A Benndorf também tem visão neutra para o indicador da B3 no ano. O analista da casa afirma que o índice deve seguir em “consolidação lateral”, com resistências em 114 mil pontos — sendo o teto — e em 102 mil pontos — o piso —, destaca.
Já o analista da Empiricus Investimentos, Filipe Fradinho, projeta que a máxima para o Ibovespa no final de 2023 é 114,5 mil pontos e, a mínima, 100 mil pontos.
Os analistas afirmam que o futuro do índice depende de três pontos para manter o patamar no restante do ano:
- Dados econômicos dos Brasil, Estados Unidos e Europa, que trarão maiores certezas sobre a inflação;
- Percepção do eventual fim do aperto monetário no Brasil, EUA e zona do euro; e
- Desenrolar das negociações da crise do teto da dívida nos EUA.