Ibovespa (IBOV) pode bater 135 mil pontos em 2022, diz Ativa; saiba quais ações comprar
Muita coisa já aconteceu em 2022 e mexeu com as expectativas dos mercados. A Ativa Investimentos fez ajustes nas premissas e nos cenários para 2022 e revisitou seu target (preço-alvo) para o Ibovespa (IBOV) de 117 mil para 135 mil pontos.
Na avaliação da corretora, entram no preço do principal índice da Bolsa brasileira questões externas que fazem do nosso país um ambiente propício para o ganho om ações ligadas a commodities.
“Bancos centrais no mundo desenvolvido, que ainda estavam no início da retirada dos estímulos, já se depararam com choques geopolíticos vindos da Europa com a guerra na Ucrânia, seguidos de duras sanções à Rússia e, mais recentemente, uma nova onda da Covid-19 na China”, afirma a Ativa Investimentos em relatório divulgado ao mercado nesta quarta-feira (30).
Na cena interna, alguns fatores também fazem preço considerável no Ibovespa. O Banco Central segue a sua política monetária contracionista com uma inflação persistente no radar, o que levou os investidores a rever as estimativas (mais uma vez) de PIB, inflação, câmbio e juros.
Entretanto, a Ativa Investimentos acredita que a maior parte desse ajuste já foi realizado.
Oportunidades
O head de research da Ativa Investimentos Pedro Serra diz que enxerga oportunidades em commodities e em algumas empresas mais ligadas ao crescimento econômico, devido ao valuation descontado na B3 (B3SA3).
O especialista, entretanto, reforça cautela por nomes de mais qualidade, com bom histórico de resultados e que possuem mais gerência sobre a sua perspectiva de crescimento e resultados, devido à possibilidade de aumento da volatilidade dos mercados.
“Não vemos a bolsa como uma compra estrutural, mas ainda há oportunidades em algumas commodities e alguns nomes domésticos. Além disso, ainda esperamos um aumento da volatilidade e seguimos preferindo nomes de mais qualidade”, Serra.
Fluxo intenso
Para o time da Ativa, toda essa valorização verificada no início desse ano, em boa parte, é explicada pelo forte fluxo de capital estrangeiro. Desde o início do ano, a B3 tem recebido, em média, R$ 1,5 bilhão por dia.
A visão da corretora é de que este fluxo veio em busca de uma exposição em commodities além de um fluxo adicional de parte dos investidores que “fugiram” do mercado russo.
“Isso significa que a característica desse fluxo que entrou na B3 é, em sua maioria, tático. Ou seja, oportuno e não exatamente otimista com o Brasil por uma perspectiva de crescimento doméstico. Simultaneamente, na outra ponta, com a alta dos juros, tivemos um fluxo relevante dos locais – institucionais e pessoas físicas – indo para a renda fixa”, destaca Serra.
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