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Ibovespa (IBOV) opera em queda nesta segunda-feira (11)

11 jul 2022, 10:08 - atualizado em 11 jul 2022, 10:10
Ibovespa, Mercados, Açóes, B3
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) operava em queda nesta segunda-feira (11), seguindo a forte aversão ao risco global, com o fantasma da covid-19 na China voltando a assustar os mercados globais.

Por volta das 10h07, o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,55%, aos 99,7 mil pontos. Na sexta, o Ibovespa fechou o pregão com desvalorização de 0,44%.

Mercados hoje

A Bolsa de Xangai fechou em queda de 1,3%, enquanto Hong Kong recuou 2,8%, no maior recuo em sete semanas, com o aumento de casos de coronavírus no país afetando o humor nos negócios.

O sentimento se espalha pelo Ocidente, com os investidores avaliando os possíveis impactos no cenário para o crescimento econômico chinês e no mundo. Com isso, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram com perdas moderadas.

O destaque por lá fica com o tombo  (-5,5%) das ações do Twitter, depois de Elon Musk desistir de comprar o microblog.

Na Europa, destaque para a manutenção anual de dez dias do Nord Stream I. O receio é quanto à postura de Moscou após a pausa programada em relação ao fluxo de gás, o que pode provocar uma fase ainda mais aguda da crise energética na Europa.

Ainda assim, o petróleo recua, com -2,30% para o WTI e -1,75% para o Brent, com ambos os barris cotados acima de US$ 100, diante dos receios de queda na demanda chinesa pela commodity com novos surtos de covid-19 podendo provocar novos lockdowns.

Já na Europa, o governo francês está elaborando listas de regiões, setores e empresas para determinar quais indústrias podem ser obrigadas a reduzir o consumo e quais são de importância vital suficiente para serem priorizadas.

Tal cenário tende a dificultar a missão do BCE de elevar a taxa de juros, diante dos riscos de uma desaceleração e/ou recessão significativa.

No Brasil, ao menos, a Selic deve parar de subir. Segundo o relatório Focus do Banco Central, divulgado hoje, a previsão é de que a taxa básica de juros encerre 2022 em 13,75%, dos atuais 13,25%. O fôlego da atividade econômica doméstica será testado nos dados de maio do setor de serviços, vendas no varejo e IBC-Br, entre amanhã e quinta-feira, respectivamente.

No exterior, destaque para a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos em junho, na quarta-feira, que deve indicar que os preços podem ter atingido o pico, dando margem ao Fed sair “atrás da curva” e continuar apertando a taxa de juros de forma agressiva. A expectativa majoritária é de novo aumento de 0,75 ponto porcentual na reunião no fim deste mês.

Na sexta-feira, saem dados de junho sobre as vendas no varejo e a produção industrial americana, que podem indicar uma “falsa recessão” no primeiro semestre de 2022. A dúvida é se o ritmo agressivo do Fed possa levar a economia dos EUA a uma “recessão real” em 2023.

Na China, o PIB do segundo trimestre sai na quinta-feira à noite, junto com a produção industrial e as vendas no varejo em junho, sendo que a previsão é de contração na leitura anual, em meio aos impactos da política de Zero Covid no crescimento da demanda.

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