Ibovespa (IBOV) cai em meio a movimentos de realização
O Ibovespa (IBOV) chegou a superar os 109 mil pontos nesta terça-feira (9), com Itaú Unibanco (ITUB4) entre os principais suportes, mas o fôlego comprador perdeu força em meio a movimentos de realização de lucros.
Por volta das 14h10, o principal índice da Bolsa caía 0,26%, as 108,1 mil pontos.
Investidores também repercutem a ata da última reunião do Copom, que elevou a Selic a 13,75% ao ano, com economistas chamando a atenção para a sinalização do Banco Central (BC) de que a taxa deve seguir em território significativamente contracionista por um período suficientemente prolongado.
Na visão do Departamento de Economia do Bradesco, o BC encerrou o ciclo de alta em 13,75% e a taxa básica de juros deve seguir neste patamar até meados de 2023, segundo relatório.
Outro dado no radar dos agentes financeiros nesta sessão, o IPCA teve queda de 0,68% em julho, primeira deflação mensal desde maio de 2020, ajudado pela quedas nos preços de combustíveis e energia elétrica após medidas do governo. O índice acumulado em 12 meses agora está em 10,07%.
Na visão de Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do Banco Modal, o cenário inflacionário permanecerá benigno para o mês de agosto dado o corte de preço de gasolina no final de julho.
No entanto, ele avalia que a dinâmica do mercado de trabalho e a nova rodada de estímulos fiscais representam riscos altistas no médio prazo, embora contrapostos tanto pela dinâmica recente de commodities, como pelo aperto monetário, conforme comentário enviado a clientes.
Em Wall Street, o S&P 500 recuava 0,5%, em sessão pressionada pelo noticiário corporativo, enquanto investidores aguardam números sobre o comportamento dos preços ao consumidor nos Estados Unidos previstos para quarta-feira.
Em um contexto no qual investidores buscam sinais sobre o ritmo do aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed), Dennis Esteves, especialista em renda variável da Blue3, afirmou que o dado pode fornecer alguma clareza sobre o caminho dos aumentos das taxas de juros pelo BC norte-americano.
“A dúvida que paira sobre os mercados é se o pico da inflação já está no retrovisor”, disse, acrescentando que o Fed tem deixado claro que só deve suavizar os aumentos de juros quando os índices de preços derem sinais contundentes de recuo ou desaceleração.
*Com informações da Reuters
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