Ibovespa Ibovespa (IBOV) nos 153 mil pontos e 15 ações com potencial de até 48% para 2025, segundo o BB
O BB Investimentos definiu um preço-alvo de 153 mil pontos para o Ibovespa (IBOV) para 2025, em meio a uma perspectiva de que a política monetária siga ditando o tom do mercado. Esse desempenho seria impulsionado pelos resultados corporativos, com o banco projetando altas de até 48% para as ações recomendadas.
A casa adota uma postura mais conservadora, resultante das expectativas de lucros apuradas pelos analistas em uma análise bottom-up — considerando os resultados de cada uma das empresas que compõem o índice –, ajustada pela elevação mais acentuada de custo de capital que observaram nos últimos meses.
O potencial de alta de 21% para o índice enfrenta um cenário complexo, uma vez que os juros elevados tiram boa parte da atratividade do mercado de ações. Por outro lado, o desempenho das empresas pode ser melhor mesmo em um cenário de maior risco e de aumento do custo de capital.
Os analistas do BB destacam ainda que o desempenho acumulado da bolsa em 2024 tende a deixar os investidores avessos a risco naturalmente mais reticentes em privilegiar essa classe de ativos na virada de ano.
“Na visão do investidor estrangeiro, a desvalorização cambial evidencia o pior desempenho entre as principais bolsas globais. Nada animador, ainda mais considerando o quadro benigno que era traçado há um ano”, comentam.
Para 2025, política monetária nos holofotes
A visão do BB é construtiva em relação aos resultados da companhias para os próximos exercícios, sustentada pelo crescimento ainda robusto da economia doméstica. No entanto, os analistas não deixam de pontuar que a elevação do prêmio de risco embutido na curva de juros traz impactos no custo de capital das empresas, e consequentemente nos preços das ações.
Em um cenário de elevação dos juros, no contexto de maior pressão sobre as expectativas inflacionárias, o banco avalia que as teses mais cíclicas devem permanecer sob pressão nos próximos meses.
“No entanto, dados de atividade econômica mais forte tendem a dar sustentação às expectativas de resultado das companhias, contrabalanceando os riscos mapeados”, afirmam os analistas.
Neste cenário todo, a orientação do BB Investimentos é clara: teses de qualidade.
Ibovespa: 15 ações para ter na carteira
A seleção do time de research do BB passa por diversos setores, a fim de lidar com a perspectiva para o cenário da Bolsa em 2025.
No setor financeiro, os analistas apontam maior seletividade e atenção com inadimplência nos bancos, em meio a um cenário de juros elevados que beneficiam o resultado financeiro, enquanto menores chances de eventos climáticos favorecem seguros.
Já em “hard commodities”, incluindo mineração, siderurgia, papel e celulose e óleo e gás, avaliam que desaceleração econômica na China deve continuar pesando sobre o nível de demanda por materiais básicos no próximo ano.
“Embora espera-se que outras regiões compensem parcialmente esse efeito, enquanto o setor de petróleo e gás deve seguir com preços de petróleo favoráveis e custos sob controle, mantendo boa geração de caixa”, comentam.
Em “soft commodities”, que abrange agronegócios, alimentos (proteínas), alimentos e bebidas e açúcar e etanol, a perspectiva é de recuperação da produtividade na safra 2024/25, com tendência de queda nos preços da soja, mas de alta nos preços do milho.
No caso das proteínas, projetam mais um ano com perspectivas favoráveis. Por fim, ponderam que os preços do açúcar devem se manter em alta, com menor produção no Brasil e maior consumo de emergentes.
Ativos de infraestrutura devem ver concessões e licitações de saneamento e rodovias avançando, mesmo com juros em alta. O BB projeta que reestruturações societárias e privatizações também devem se manter ativas no setor.
Por fim, apontam que para consumo, dados de emprego e renda favorecem o setor, embora um cenário de juros mais pressionado possa limitar o desempenho de alguns setores específicos dentro da categoria e dificultar a situação de companhias com maior grau de endividamento.
Veja as indicações para 2025
| Empresa | Ticker | Preço de fechamento em 06/12/2024 | Preço-alvo 2025 | Potencial de valorização |
|---|---|---|---|---|
| Alupar | ALUP11 | R$ 27,53 | R$ 37,85 | 37,5% |
| BRF | BRFS3 | R$ 28,32 | R$ 33,00 | 16,5% |
| Copasa | CSMG3 | R$ 24,75 | R$ 27,50 | 11,1% |
| Cury | CURY3 | R$ 20,71 | R$ 27,50 | 32,8% |
| Caixa Seguridade | CXSE3 | R$ 15,28 | R$ 17,50 | 14,5% |
| Direcional | DIRR3 | R$ 29,81 | R$ 37,50 | 25,8% |
| Eletrobras | ELET3 | R$ 36,47 | R$ 51,10 | 40,1% |
| Gerdau | GGBR4 | R$ 20,47 | R$ 24,00 | 17,2% |
| Grupo Mateus | GMAT3 | R$ 7,12 | R$ 10,40 | 46,1% |
| Isa Energia | ISAE4 | R$ 24,53 | R$ 33,40 | 36,2% |
| Itaú Unibanco | ITUB4 | R$ 32,70 | R$ 42,00 | 28,4% |
| Petrobras | PETR4 | R$ 39,03 | R$ 48,50 | 24,3% |
| São Martinho | SMTO3 | R$ 25,23 | R$ 31,00 | 22,9% |
| Vibra Energia | VBBR3 | R$ 20,19 | R$ 30,00 | 48,6% |
| WEG | WEGE3 | R$ 55,60 | R$ 62,00 | 11,5% |
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