Giro de Indicadores

Ibovespa (IBOV) opera no negativo com peso da China; veja os indicadores desta segunda (17)

17 jul 2023, 12:27 - atualizado em 18 jul 2023, 12:06
Indicadores
Entre os indicadores, o destaque vai para a prévia do PIB aqui no Brasil, que caiu 2% em maio. Além disso, atividade econômica da China frustra o mercado. (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

Por Juliana Américo e Vitória Pitanga

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 2% em maio. Os números prévios de uma atividade econômica mais fraca, somado aos dados frustrantes da China, impedem a bolsa brasileira de sair do negativo.

Os índices de Wall Street sobem nesta segunda-feira após os fortes ganhos da semana passada. Os investidores estão cautelosos antes da divulgação de balanços corporativos trimestrais de importantes nomes ao longo da semana.

Por volta das 12h25, o Ibovespa (IBOV) caia 0,34%. Já em Wall StreetNasdaq subia 0,48%, S&P 500 subia 0,21% e Dow Jones acelerava a 0,19%.

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Giro dos Indicadores: Confira os dados que saíram na manhã desta segunda-feira (17)

Brasil
Na semana passada, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontaram para a primeira deflação do ano. No entanto, os economistas ouvidos pelo Banco Central deram uma pausa no otimismo em relação à trajetória de inflação.

Segundo os dados do Relatório Focus desta semana, as projeções se mantiveram em 4,95%, depois de oito semanas seguidas de revisões para baixo. Confira:

IPCA
2023: permanece em 4,95%
2024: permanece em 3,92%
2025: de 3,60% para 3,55%
2026: permanece em 3,50%

PIB
2023: de 2,19% para 2,24%
2024: de 1,28% para 1,30%
2025: de 1,80% para 1,88%
2026: de 1,88% para 1,90%

Selic
2023: permanece em 12%
2024: permanece em 9,50%
2025: permanece em 9%
2026: permanece em 8,75%

Dólar
2023: permanece em R$ 5
2024: de R$ 5,06 para R$ 5,05
2025: permanece em R$ 5,15
2026: permanece em R$ 5,20

Além disso, o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), renovou o recorde de maior deflação no acumulado dos últimos 12 meses, desacelerando a queda no mês de julho. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-10 caiu 1,10% em julho, ante recuo de 2,20%, apontando assim, uma queda de 7,89% em 12 meses.

Por fim, o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 2% em maio, comparado a abril. Comparando com o mesmo período no ano passado, houve alta de 2,15%.

EUA
Nos Estados Unidos, o Índice Empire State de Atividade Industrial de Nova York se manteve estável, segundo a Pesquisa de Manufatura. Os prazos de entrega e os estoques diminuíram, enquanto os pedidos e remessas aumentaram.

As empresas norte-americanas esperam que as condições melhorem, apesar do aumento de preços de insumos e venda estarem moderados. Já 29% dos entrevistados relataram que as condições melhoraram ao longo do mês, enquanto 27% relataram que as condições pioraram.

O índice de novos pedidos ficou positivo (+3,3%), por outro lado, o índice de embarques caiu (-13,4%). O índice de pedidos não atendidos permaneceu negativo pelo terceiro mês consecutivo (-8,8%), em conjunto do índice de estoques, que também ficou negativo (-0,8%). Por fim, o índice de entregas diminuiu (-6,9%), indicando que os prazos de entregas desaceleraram.

Europa
Na Alemanha, a economia vem sofrendo um impacto de queda na demanda global por bens, encolhendo mais do que o esperado para este ano, apesar de uma pequena reação no segundo trimestre.

Segundo o Banco Central alemão, o crescimento apresentou uma leve alta nos três meses até junho, graças a uma estabilização nos gastos do consumidor. A perspectiva se encontra fria, sendo uma contração de 0,3% neste ano, devido à piora do sentimento.

A preocupação principal segue sendo a inflação, mas há esperança de queda nos próximos meses, à medida que os preços ao produtor mais baixos forem repassados ​​à cadeia de oferta.

Ásia
Nesta segunda-feira, é feriado no Japão. Já na noite de ontem (16), saíram os dados do Produto Interno Bruto da China (PIB) e o indicador trouxe o sentimento de urgência por mais medidas de apoio.

Segundo o Departamento Nacional de Estatísticas, o PIB cresceu 0,8% entre abril e junho, comparado ao trimestre anterior. A atividade econômica cresceu 6,3% no segundo trimestre, na base anual, ante 4,5% nos três primeiros meses do ano, ficando abaixo da taxa da previsão de 7,3%.

A economia da China cresceu apenas 3% no ano passado devido às restrições contra a Covid, ficando abaixo da meta oficial.

*Com Reuters e BDM